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 92º Podcast Mises Brasil - Ricardo Vélez-Rodríguez | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Com longa experiência acadêmica como professor e pesquisador, o professor Ricardo Vélez-Rodríguez é um dos mais notáveis defensores das ideias da liberdade. Nascido na Colômbia, é graduado em Filosofia e Teologia, além de ser mestre e doutor em Filosofia. Professor recentemente aposentado da Universidade Federal de Juiz de Fora, Vélez-Rodríguez, que foi marxista, narra e analisa neste Podcast uma parte importante da história do liberalismo no Brasil, não apenas de sua participação ativa como estudioso do pensamento político brasileiro, mas como historiador das ideias. Nesta entrevista, o professor citou e dissertou acerca daqueles que ele considera os principais nomes do liberalismo no Brasil e o ambiente intelectual durante a monarquia, república velha e nova república (e a influência da obra de Alexis de Tocqueville). Vélez-Rodríguez comentou as dificuldades de ser liberal durante a ditadura militar, que passou a identificar como elementos perigosos não apenas os ativistas da extrema-esquerda, mas também os liberais. Autor do livro Da Guerra à Pacificação: a Escolha Colombiana, o professor também falou com entusiasmo sobre o momento atual da defesa das ideias da liberdade no Brasil e o comparou com o momento de certa ebulição do liberalismo na década de 1980: “Acho muito interessante o que está acontecendo hoje porque é uma tentativa para se colocar em pauta a liberdade, que sofre ameaça real. Sempre houve da parte do estado patrimonial uma birra com a liberdade e o surgimento dos institutos liberais e dos centros de estudos liberais ao longo dos anos de 1980 correspondeu a essa preocupação dos intelectuais. Mas hoje esse sentimento de ameaça às nossas liberdades básicas é muito mais radical, muito mais forte. Eu enxergo nessa juventude uma preocupação em torno de uma séria ameaça à liberdade. Considero muito mais existencial essa preocupação contemporânea, de muito maior valor, pois essa juventude está defendendo algo que vê que está perdendo”.

 91º Podcast Mises Brasil - André Azevedo Alves | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

André Azevedo Alves é um dos mais brilhantes acadêmicos e estudiosos da Escola Austríaca do mundo lusófono. Suas contribuições intelectuais ao estudo do pensamento Austríaco estão divididas em artigos científicos, livros (Ordem, Estado e Liberdade e The Salamanca School, em coautoria com o professor José Manuel Moreira), aulas e palestras. Doutor em ciência política pela London School of Economics e professor da Universidade Católica Portuguesa, André iniciou anteontem, dia 25, neste site o curso online Liberalismo e democracia no pensamento de Mises, Hayek, Rothbard e Hoppe, que foi o tema da conversa do Podcast desta semana. Nesta segunda entrevista ao Podcast (a primeira pode ser ouvida aqui), André citou e explicou o elemento substantivo comum entre as concepções de liberalismo e de democracia de Mises, Hayek, Rothbard e Hoppe, além de apresentar as divergências teóricas mais significativas entre os autores acerca da existência e do papel do estado. O professor também opinou a respeito de qual é, na sua visão, a posição teórica que mais influencia o debate Austríaco contemporâneo, as razões dessa influência, e respondeu as questões sobre se a Escola Austríaca é conciliável com o modelo democrático atual e se seria compatível com um ambiente político autoritário. “Como resposta geral, me parece complicado, para não dizer incompatível, que possa haver essa coexistência (entre Escola Austríaca e governo autoritário)”.

 90º Podcast Mises Brasil - Alex Catharino e Ubiratan Jorge Iorio | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

O lançamento da MISES: Revista Interdisciplinar de Filosofia, Direito e Economia, na próxima quinta-feira, é a notícia mais importante do ano para os estudiosos da Escola Austríaca. Com o selo do Instituto Mises Brasil, o periódico será o primeiro do país dedicado à publicação, ao estudo e ao debate acadêmico da teoria Austríaca. A revista, elaborada de acordo com os critérios do Qualis da CAPES, permitirá elevar a Escola Austríaca a um patamar de reconhecimento e respeitabilidade acadêmica hoje inexistente no país. E para que os ouvintes do Podcast do IMB pudessem ter informações acerca da revista antes do lançamento, entrevistamos os editores da MISES, Ubiratan Jorge Iorio e Alex Catharino. Além de opinarem sobre as possibilidades acadêmicas que se abrem com a publicação do periódico semestral, Ubiratan e Alex falaram sobre as editorias e os respectivos textos e autores, sobre os critérios utilizados para a escolha dos artigos do primeiro número e qual a importância de adotar os critérios de qualificação do Qualis. “Nós do IMB depositamos uma enorme esperança de que a nossa revista poderá vir a ser uma referência acadêmica no Brasil e no exterior. Primeiro porque, evidentemente, se trata da primeira revista sobre Escola Austríaca publicada no nosso país; segundo porque ela não vai se limitar à economia, já que o seu caráter é interdisciplinar, e isso é muito importante para resgatar o humanismo na economia, um humanismo que foi abandonado com o triunfo das ideias positivistas e que nós pretendemos resgatar. E também porque já temos no nosso conselho editorial nomes de peso da Escola Austríaca do Brasil e do exterior. E, finalmente, porque pretendemos seguir rigorosamente todos os padrões bastante rígidos estabelecidos pela CAPES para que consigamos, no menor tempo possível, alcançar as melhores posições no ranking”, explicou o professor Ubiratan, que disse que a revista também publicará textos críticos ao pensamento Austríaco. Para Alex, um dos aspectos mais importantes da revista é a abertura ao diálogo acadêmico. “Muitas vezes somos levados a acreditar que a academia está perdida, que só tem esquerdista e que por isso devemos nos afastar da universidade. Essa é uma postura covarde e ao mesmo tempo irresponsável porque a situação que nós temos hoje no mercado de trabalho é uma exigência por títulos. Se você não for um herdeiro que pode ficar em casa vivendo da riqueza acumulada por seus pais, você terá que trabalhar. E o mercado vai te exigir uma boa qualificação profissional. E por isso é importante fazer uma boa graduação, fazer um mestrado, um doutorado e obter a titulação. Além disso, não podemos deixar apenas um lado acadêmico dominar as universidades. E há uma grande abertura dentro das universidades, mesmo de quem discorda, mas que está aberto ao debate”.

 89º Podcast Mises Brasil - Leandro Roque | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Em seu mais recente texto, O esfacelamento do real e as perspectivas da economia brasileira, o editor e tradutor do site do Instituto Mises Brasil, Leandro Roque, fez uma defesa fundamentada da moeda forte e estável e mostrou os seus benefícios para a economia de um país. Usando o exemplo histórico da Alemanha e o compromisso dos alemães com a robustez do marco, Leandro procurava expor e esclarecer os problemas atuais da economia brasileira criados por decisões equivocadas do governo brasileiro e que culminaram no enfraquecimento do real. Neste Podcast do IMB, Leandro fala sobre hiperinflações e sobre como uma moeda fraca afeta negativamente a economia, mostra o que é necessário para se conseguir uma moeda forte, aprofunda os pontos acerca das suas vantagens, cita quem é que se beneficia com o real enfraquecido e afirma que não há risco de uma hiperinflação no Brasil. “O arranjo atual, em que são os bancos, e não o Banco Central, que decidem se o dinheiro entra na economia ou não, não é propenso a gerar hiperinflação, mas ele é sim propenso a gerar inflação de preços continuamente alta, como esta que estamos vivenciando agora. E isso já é suficiente para desarrumar a economia e gerar incertezas empresariais. (...) A estabilidade monetária não é tudo, mas sem essa estabilidade monetária, essas coisas básicas, como os investimentos de longo prazo, que, aliás, são os reais geradores de riqueza de uma economia, são afetadas”. O editor do site do IMB, nesta segunda entrevista ao Podcast (a primeira pode ser ouvida aqui), também explicou de que forma as intervenções do governo federal adotadas em 2007 até o final de 2011, período de forte expansão do crédito, resultaram no cenário atual caracterizado por uma população mais endividada, indicadores de inadimplência em alta e restrição de crédito pelos bancos, e faz uma apaixonada crítica ao protecionismo e a seus defensores, mostrando como ele empobrece o cidadão comum e enriquece uma elite politicamente bem conectada.

 88º Podcast Mises Brasil - Dâniel Fraga | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

No início desta semana, o juiz Luiz Guilherme Cursinho de Moura Santos, da 2ª Vara da Fazenda Pública de São José dos Campos, desistiu do processo por danos morais que movia contra o vlogueiro Dâniel Fraga, já entrevistado neste Podcast. A ação judicial fora motivada por críticas feitas por Dâniel à atuação do juiz na esfera eleitoral a partir de um vídeo em que criticava um candidato à prefeitura daquela cidade e, depois, pela divulgação, num outro vídeo, do salário do magistrado. Dizendo-se ofendido, o juiz acusou o vlogueiro de ser uma ameaça à segurança nacional, pediu a sua condenação por dano moral, a retirada do vídeo no qual era criticado e a proibição de tecer qualquer comentário na internet sobre o caso e sobre ele. Dâniel, porém, decidiu entrar na briga. Publicou no seu canal no Youtube cópia de peças do processo com a argumentação do juiz e que estavam sob segredo de justiça, continuou criticando o magistrado e a ideia de processá-lo, pois o vlogueiro discorda da concepção de crimes contra a honra e defende de forma ilimitada odireito de liberdade de expressão, usando o pensamento de Murray Rothbard. O Código Penal brasileiro, contudo, define como crimes a calúnia, a injúria e a difamação, base do pedido do juiz. Neste Podcast do Instituto Mises Brasil, Dâniel conta a história do processo, justifica a sua posição de acordo com argumentos libertários e anarcocapitalistas, afirma que a Justiça não entende e não manda na internet, e ataca a vedação constitucional ao anonimato no artigo 5º, que garante a livre manifestação do pensamento, mas também assegura uma indenização por dano material, moral ou à imagem daquele que se sentir ofendido com o exercício dessa liberdade (art. 5, incisos IV e V). E se o processo continuasse? Dâniel disse que se anteciparia à probabilidade muito forte de ser condenado e usaria a tecnologia contra a justiça: sem ter partrimônio passível de ser penhorado, estava pronto para transferir a sua renda para bitcoin. “Não haveria como bloquear meu dinheiro numa conta bancária como normalmente se faz. Então, como eles iam fazer? Ia ser uma ação em que o autor ganhou, mas não levou. Essa seria a minha verdadeira defesa”.

 87º Podcast Mises Brasil - Ricardo da Costa | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Historiador, mestre e doutor com dois pós-doutorados em História Medieval e Filosofia, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e um dos principais medievalistas do país, Ricardo da Costa foge ao padrão caricato do docente de esquerda, marxista ou não, que atua em sala de aula como o intelectual orgânico para formar militância - e não ensina a disciplina. Pelo contrário, ao não seguir a cartilha esquerdista e exigir que os alunos leiam e estudem, conquistou antipatias. “Você é mal visto, os professores detratam às escondidas, os alunos passam a te olhar de modo desconfiado e hostil a qualquer interpretação não materialista da história. E os alunos, com as raríssimas e honrosas exceções, não leem nada. Muitos se formam sem ter lido um único livro sequer. E não recebem bem quando um professor cobra leitura. Não há um amor pela leitura”. Embora tenha relatado sua experiência como professor, o ponto central desta entrevista ao Podcast do IMB foi a Idade Média, sua especialidade e, mais especificamente, a concepção de liberdade individual e comercial nesse período tão importante e vilipendiado da História. Acerca da questão econômica e social nos séculos XI e XII, Ricardo proferiu em março deste ano uma ótima palestra disponível aqui e aqui. Ricardo também explicou qual a forma e dimensão da intervenção do poder político medieval na Economia, a concepção da Igreja, o papel do empreendedor e o que o conhecimento desse período pode nos ensinar sobre as liberdades individuais e econômicas para não incorrermos nos mesmos erros do passado.

 86º Podcast Mises Brasil - Paulo Eduardo Martins | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

O jornalista Paulo Eduardo Martins, da TV Massa, afiliada do SBT em Curitiba, tem incendiado o debate político e econômico na emissora paranaense. Os vídeos de suas intervenções, publicados no seu canal no Youtube, têm sido compartilhados nas redes sociais e suas opiniões ganharam uma dimensão nacional. Um de seus grandes diferenciais é o conhecimento da obra de Ludwig von Mises e de outros autores da Escola Austríaca para defender com vigor as liberdades e a economia de mercado e criticar as várias intervenções do estado na vida da sociedade brasileira. “Sou leitor do site (do Instituto Mises Brasil). Descobri o site há algum tempo. Antes já conhecia alguma coisa do liberalismo clássico, e conversando com um amigo que mora nos Estados Unidos, e que já tinha contato com a Escola Austríaca, ele me falou de Mises e me mandou alguns textos. Eu li e fiquei absolutamente fascinado com a lógica com que Mises argumenta, a facilidade com que esclarece as coisas. Daí consegui um exemplar de Ação Humana, depois descobri o Instituto Mises Brasil e então parti para outros autores”. Paulo, talvez o único jornalista da TV brasileira que usa os conhecimentos da Escola Austríaca para fundamentar seus comentários, conta neste Podcast do Instituto Mises Brasil de que forma essas leituras ajudam no seu trabalho, a reação dos colegas jornalistas, a resposta positiva de parte do público, o apoio da direção da Rede Massa e como é ser uma exceção no telejornalismo brasileiro. O jornalista também falou sobre a cultura de dependência estatal de parte da sociedade brasileira e sobre a relação curiosa que uma parcela dos brasileiros tem com o governo; ao mesmo tempo em que não confia nos políticos, sempre pede por mais estado. “(Isso acontece porque) aqui no Brasil há um debate de uma ideia só. Quando o brasileiro se depara com um problema ele não vê a origem do problema, cuja solução seria a redução do estado (e o estado é sempre a causa do problema), e ele não consegue enxergar a saída. (...) É bizarro ver as pessoas indo para as ruas para pedir por mais governo. É um estado de insanidade completa porque não há alternativa na cabeça dessas pessoas. É um neurônio só. No Brasil não há diálogo, há monólogo de ideias, e na academia, coitado de quem tentar colocar outra coisa. As raras exceções são podadas na origem. Então fica esse monólogo da esquerda e quando as pessoas ficam descontentes com esse governo gigante, e como só pensam com a cabeça da esquerda, acabam pedindo mais governo”.

 85º Podcast Mises Brasil - Leandro Narloch | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Autor bestseller, o jornalista e escritor Leandro Narloch lançou recentemente o mais novo Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo, que, a exemplos dos dois guias anteriores, também já entrou para a lista dos livros mais vendidos. Neste Podcast, Leandro conta como a leitura de autores da Escola Austríaca como Mises também o ajudou na elaboração deste livro, especialmente no capítulo sobre a revolução industrial. “Conheci o Mises por causa de vocês e por isso serei eternamente grato [...] Principalmente nesse capítulo, o Mises me ajudou muito. O que eu faço nesse capítulo é reproduzir a ideia do Mises sobre a revolução industrial, que é a ideia contrária ao do Engels no livro A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra, um livro muito influente, que criou todo um imaginário sobre as fábricas, sobre a revolução industrial. E Mises mostra o contrário, não é que as fábricas estavam causando a miséria. Na verdade, as fábricas estavam salvando as pessoas famintas”, disse o jornalista, que já havia concedido entrevista ao Podcast no ano passado. Fazendo jus à abordagem politicamente incorreta, ao longo de 14 capítulos, Leandro mostra uma outra perspectiva acerca de assuntos tão diversos quanto o Império Romano, a paz mundial, Gandhi, agrotóxicos, África e nos conta qual o aspecto comum que ele encontrou nas pesquisas no que diz respeito à questão das liberdades, ou na sua ausência. Ele também falou sobre as semelhanças que identificou entre fascistas, nazistas e comunistas, cada qual tratado em capítulos específicos, e sobre a posição de políticos brasileiros ao responderem, sem saber, se concordavam ou não com a doutrina fascista elaborada por Benito Mussolini e Giovanni Gentile. Vale a pena ouvir este podcast e ler o livro.

 84º Podcast Mises Brasil - Moacir José da Silva | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Apesar de embrionários, os estudos da Escola Austríaca no Brasil tem se desenvolvido de uma maneira extremamente interessante, rica e descentralizada. Há professores e estudantes de diversas regiões do país utilizando o instrumental teórico Austríaco na economia, no direito, nas relações internacionais e na história. Sim, também na história, como o leitor/ouvinte deste site pode constatar neste Podcast com o professor e pós-doutor Moacir José da Silva, da Universidade Estadual de Maringá (UEM). O professor Moacir, que se classifica como um historiador Austríaco e já participou do encontro da Sociedade Mont Pelerin, explica nesta entrevista o que é a Escola Austríaca de História e qual o seu diferencial em relação às escolas tradicionais. “A Escola Austríaca de História vê a história a partir do indivíduo e suas ações fazendo a história a partir de valores morais subjetivos. A Escola Austríaca aplicada à economia apresentou soluções que, na verdade, transcenderam a área específica de economia em termos de conhecimento, o que foi reconhecido pelo próprio Hayek no discurso em que recebeu o Prêmio Nobel. Existe uma Escola Austríaca de História, que não leva esse nome, e talvez possamos desenvolver estudos utilizando esse nome”. Graduado em história, mestre em economia, doutor em Engenharia de Produção e Sistemas e pós-doutor em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo (USP), Moacir atua com pesquisador catedrático da área de história econômica na UEM, onde estuda principalmente a Escola Austríaca e a sua aplicação no estudo da história. Neste podcast, ele explica o que é e como trabalha o historiador Austríaco. Ele também falou sobre os estudos desenvolvidos no departamento de história, sobre o seu livro História Econômica I, em que trata a origem e o declínio do feudalismo sob a perspectiva Austríaca, e que faz parte de uma coleção de 43 livros coordenada por ele e escrita por professores da UEM.

 83º Podcast Mises Brasil - Adrualdo Catão | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Após críticas e pressão de entidades médicas, universidades e políticos, na quarta-feira passada, dia 31 de julho, o governo federal desistiu da sua proposta de aumentar em dois anos o curso de medicina, período no qual o estudante seria obrigado a trabalhar na atenção básica e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, como tem sido a marca do PT na presidência e é a estratégia de sempre da esquerda, primeiro se apresenta uma ideia para ver se é aceita e, se houver reação contrária, muda-se a aparência da proposta inicial para se conseguir o mesmo objetivo sem uma contraposição tão forte quanto a anterior. Agora, o governo federal propõe, com o aval de uma comissão de especialistas em educação e saúde e da Associação Brasileira de Educação Médica, que a residência passe a ser obrigatória a partir de 2018 e que o primeiro ano de todas as residências seja realizado no SUS. Quando o Podcast do IMB entrevistou o advogado, professor e doutor em Teoria e Filosofia do Direito, Adrualdo Catão, a proposta inicial do governo ainda estava valendo, mas a aparente mudança não invalidou a crítica vigorosa apresentada por ele: trata-se de uma posição claramente autoritária cujo objetivo é instituir um serviço civil obrigatório. “O artifício que o governo usou é o de dizer que esses dois anos são só um incremento no curso e que na verdade não está havendo serviço civil obrigatório, o que é obviamente uma falácia, já que o argumento e o motivo na mudança da regra não é acadêmico, não é porque se discutiu e verificou que o curso de medicina precisa de mais dois anos para que a formação do médico seja aprimorada. Não tem nada disso. A decisão é para obrigar os estudantes a trabalhar no SUS”, afirmou o professor, numa crítica que se mantém atual mesmo com a “nova” proposta do governo. Professor de Filosofia do Direito da Graduação e do Mestrado da Faculdade de Direito de Alagoas, Adrualdo tem se destacado na área acadêmica da sua região como um defensor das ideias da liberdade. Neste podcast, ele apresenta argumentos contrários à reserva de mercado defendida e mantida pelas entidades de médicos, que conseguem, com apoio dos políticos, impedir a abertura de novas faculdades de medicina, e rejeita a “solução” do governo federal para enfrentar o problema da suposta falta de médicos no país, seja importando médicos cubanos seja obrigando os estudantes de medicina a trabalharem compulsoriamente para o SUS.

 82º Podcast Mises Brasil - Rodrigo Gurgel | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

O sucesso da entrevista com o cantor e compositor Lobão neste Podcast do IMB mostrou de maneira inegável o poder de um representante da cultura popular na defesa das ideias e na crítica à dominação ideológica, que encontra nos diversos meios artísticos um ambiente favorável ao pensamento de esquerda. Para continuar investigando o tema a fim de ter uma noção da dimensão desse aparelhamento na cultura nacional, o Podcast entrevistou o crítico literário Rodrigo Gurgel, que ficou conhecido nacionalmente no fim do ano passado pela atuação como jurado do prêmio literário Jabuti. Mas mais importante do que isso é o fato dele ser um defensor das liberdades e da propriedade privada num meio contaminado por defensores do intervencionismo. Em entrevistas sobre a polêmica acerca de seu critério de julgamento expresso nas notas que deu aos livros, Rodrigo tocou num ponto fundamental, mas que não foi muito explorado, que é uma mentalidade consolidada no universo cultural brasileiro que vê o estado como garantidor e financiador da cultura nacional. Neste Podcast, o crítico literário analisa a consequência dessa cosmovisão no plano cultural brasileiro e o tamanho da influência de nomes representantivos da literatura, música, pintura, cinema etc. vinculados à esquerda, e de que forma esse ambiente afeta os produtos culturais. Ex-militante do PT no interior de São Paulo, Rodrigo explica, de acordo com a sua experiência dentro do partido que está no poder desde 2002, de que forma um certo rebaixamento da cultura à ideologia e ao estado pode orientar a dimensão política e econômica do país.

 81º Podcast Mises Brasil - Rodrigo Saraiva Marinho | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Há anos, o Grupo de Estudos Dragão do Mar vem desenvolvendo um trabalho incansável de estudos, divulgação e defesa das ideias da liberdade no Ceará. Este ano, o trabalho do grupo foi intensificado e adquiriu nova dimensão ao também se tornar o representante do Estudantes pela Liberdade no estado. Para falar sobre o trabalho e projetos do Grupo de Estudos Dragão do Mar, cujo nome é uma homenagem a Francisco José do Nascimento, um símbolo da liberdade na luta contra a escravidão no país, o Podcast do Mises Brasil entrevistou o advogado, professor e conselheiro, Rodrigo Saraiva Marinho, que tem atuado como embaixador das ideias liberais nas universidades de Fortaleza. “E eu já trabalhando como professor universitário, lendo solitariamente autores liberais, tive o privilégio de conhecer o pessoal do Grupo Dragão do Mar-EPL e de participar da reunião na Universidade Federal do Ceará. E foi muito bom saber que eu não estava sozinho e que tinha muito mais gente como eu e que começou a se reunir conosco e a participar do projeto”. Neste Podcast, Rodrigo, que é professor de Direito Empresarial e de Processo Civil e mestrando em Direito Constitucional nas Relações Privadas na Universidade de Fortaleza, falou sobre a parceria com o Estudantes pela Liberdade, explicou o que é o projeto Profissionais pela Liberdade e deu detalhes sobre a I Semana da Liberdade, que será realizada nos dias 5 e 6 de setembro em Fortaleza e cujo tema será “Os 25 Anos de Constituição Federal: Do Estado Social ao Estado Liberal – Mito ou Possibilidade?”. Rodrigo também disse que o grupo está organizando um livro com textos liberais e cujo título será O Centeio.

 80º Podcast Mises Brasil - Gabriel Oliva | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

O que tem sido construído nos últimos anos permite alimentar um certo otimismo quanto ao futuro da Escola Austríaca no Brasil. O interesse vem aumentando de forma consistente e a dedicação de estudantes universitários pelos estudos do pensamento Austríaco podem ser verificados não só na internet e na participação em eventos regionais, nacionais e internacionais, mas nos trabalhos acadêmicos que utilizam o instrumental teórico da Escola Austríaca, alguns dos quais publicados no site do IMB. Este Podcast, inclusive, já entrevistou alguns de seus autores com a finalidade de dar visibilidade e debater a teoria. De fato, está em gestação um grupo de estudiosos que poderá, no futuro, fazer com que a Escola Austríaca tenha importância e influência nas universidades e no debate público. Um dos bons exemplos desse momento especial da Escola Austríaca no Brasil é Gabriel Oliva, estudante do curso de economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), que está revisando a sua monografia de conclusão de curso sobre "A controvérsia entre Hayek e Knight sobre a teoria do capital". Em entrevista ao Podcast do IMB, Gabriel, que conquistou no ano passado o Prêmio Donald Stewart Jr.promovido pelo Instituto Liberal (RJ), explica os fundamentos dessa controvérsia teórica a partir das concepções dos dois autores e disserta sobre a teoria do capital de acordo com a Escola Austríaca. “Se eu pudesse resumir essa controvérsia em poucas palavras eu diria que ela é, em primeiro lugar, um debate a respeito de qual é o papel do fator tempo na teoria do capital. Para Hayek, o tempo é fundamental. É impossível entender o capital sem reconhecer que a produção é um processo no tempo, ou seja, que há um intervalo de tempo entre a aplicação de insumos e a obtenção do produto. Para Knight, o tempo não tem praticamente relevância alguma. Para ele, é duvidosa sequer a possibilidade de atribuir um significado preciso ou algum conceito preciso de produção. E mesmo que possamos determinar um conceito, o tempo necessário para produzir algum serviço, segundo Knight, seria um mero detalhe técnico, do qual não poderíamos inferir absolutamente nada de importante para a economia”. Nesta entrevista, Gabriel também falou sobre a criação e o trabalho do Grupo de Estudos de Escola Austríaca queajudou a criar junto com outros estudantes da FEA-USP (Thomás de Barros, Felipe Farah, Felipe Durazzo, André Castro e Felipe Passero) e que funcionou pouco menos de um ano e foi desativado pela incompatibilidade de horários de seus integrantes. O blog, porém, foi mantido, mesmo que não seja mais atualizado. O estudante narrou ainda a sua experiência no Mises University (organizado pelo Mises Institute) e no Advanced Austrian Economics (promovido pela Foundation for Economic Education - FEE) e, com base na sua experiência, disse porque um estudante ou interessado na Escola Austríaca deve participar desses dois eventos nos Estados Unidos.

 79º Podcast Mises Brasil - Josh Plotkin | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

O jovem libertário americano Josh Plotkin tem uma história de vida curiosa e fez o contrário do que muitos brasileiros gostariam de fazer: decidiu deixar os Estados Unidos e imigrar para o Brasil por causa dos sistemáticos ataques do governo americano contra as liberdades, incluindo a dívida astronômica e as guerras. Professor de inglês e autor do site BrazilianGringo.com, em entrevista ao Podcast do Instituto Mises Brasil, Josh apresenta a sua visão sobre as diferenças e semelhanças das intervenções dos governos americano e brasileiro na vida das respectivas sociedades e alerta para os riscos da eficiência estatal: “Graças a Deus o governo brasileiro é ineficiente porque se fosse eficiente teríamos problemas maiores. Uma razão pela qual todo mundo deve ter medo dos Estados Unidos é porque o governo americano é eficiente. E a incapacidade do governo brasileiro de ser como o governo americano é motivo para termos algum otimismo em relação à situação brasileira (no que se refere à defesa das liberdades)”. Durante a entrevista, Josh, cuja experiência no movimento libertário americano o levou a participar no fim de 2011 e início de 2012 da campanha pela nomeação de Ron Paul para ser o candidato do Partido Republicano à presidência, analisou até que ponto, nos Estados Unidos, as leis que afetam desde a liberdade de fumar em espaços públicos a impedir que jovens vendam limonada na frente de suas casas podem, ao longo do tempo, comprometer o espírito empreendedor do americano e explicou porque decidiu morar no Brasil. Ele também destacou as oportunidades que ele vê no Brasil para divulgar as ideias da liberdade e de que forma é possível usar o empreendedorismo para desenvolver esse trabalho de forma eficaz: “A maior oportunidade que existe hoje no Brasil para divulgação das ideias liberais tem a ver com a copa do mundo e com as olimpíadas. Se os empreendedores e ativistas aproveitarem o poder desses eventos para mudar o país acho que é uma oportunidade que a gente não deve perder. E não haverá outra chance dessa no futuro, do mundo inteiro estar de olho no Brasil”.

 78º Podcast Mises Brasil - Olavo de Carvalho | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Num passado recente, muitos liberais e libertários chegaram até as obras de Mises, especialmente ao livro Ação Humana, pelas referências elogiosas feitas em seus textos pelo filósofo Olavo de Carvalho. Em seu site, não é de hoje que Mises faz parte de uma selecionada galeria de homens de ideias identificados como seus gurus intelectuais (“Depois que você lê von Mises é que você percebe como os outros economistas são confusos”). Num texto publicado em 1998 na extinta revista República, Olavo afirmou que Mises talvez tenha sido o economista mais filosófico que já existiu. No Podcast do Instituto Mises Brasil desta semana, o filósofo explica qual é a dimensão filosófica e qual a grande virtude da obra de Mises, expõe as bases de sua crítica ao intervencionismo, comenta o problema da estrutura expansionista do poder a partir da tese de Bertrand de Jouvenel e, ao analisar a amplitude do estado moderno, apresenta um quadro que pode ajudar a entender uma parte das manifestações que tomaram as ruas do Brasil nas últimas duas semanas, muito embora a entrevista tenha sido gravada antes dos protestos. “Hermann Rauschning, em seu livro Revolução do Niilismo, diz que o estado moderno se tornou uma máquina tão abrangente e complexa que não haverá mais revoluções populares, só haverá revoluções desde cima. Isso é batata. Nos Estados Unidos, o Obama está fazendo uma revolução desde cima e o PT no Brasil está fazendo uma revolução desde cima. Primeiro eles tomam o poder por via legal, controlam todo o estado, e depois incitam a massa militante contra poderes locais. E o poder estatal cresce às custas dos poderes independentes locais. É sempre assim: elimina-se os poderes intermediários e centraliza-se tudo”. Olavo também apresenta a sua concepção de liberdade e defende a importância de uma ordem social para garanti-la, e disseca a ideia central do socialismo/comunismo, além de apontar os perigos e riscos ainda existentes pelo trabalho eficiente de seus representantes. “A ideia socialista tem que ser varrida da face da terra, tem que ser eliminada, como tantas outras ideias e teorias malucas que foram eliminadas. Hoje em dia quem é que vai defender seriamente uma ideologia racista? Não dá. Se o cara começa a defender racismo, já se sabe que é maluco. O socialismo tem que virar uma ideia diante da qual as pessoas vão rir no futuro”.

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