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 62º Podcast Mises Brasil - Mariana Piaia Abreu | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

É admirável o fato de que haja atualmente tantos alunos de graduação do curso de economia espalhados em várias universidades brasileiras, privadas e federais, interessados em estudar a teoria da Escola Austríaca. E mais admirável que alguns deles decidam utilizar esse instrumental teórico para fundamentar suas monografias de conclusão de curso (aqui mesmo neste site há alguns exemplos dessa realidade). Mariana Piaia Abreu faz parte de um grupo ainda pequeno, mas que corajosamente consegue desenvolver estudos econômicos sob a perspectiva da Escola Austríaca em universidades federais, onde impera o viés neoclássico, o keynesianismo ou o marxismo puro e simples. Para concluir o seu curso de economia na Universidade Federal de Santa Maria (RS), Mariana optou por estudar um tema árido na sua monografia. Seu objetivo era analisar, sob a perspectiva da Escola Austríaca, se a metodologia para a análise dos atos de concentração horizontal utilizada no Brasil, tendo como base o núcleo teórico neoclássico, era benéfica ou prejudicial ao mercado. Neste Podcast do Mises Brasil, ela explica qual é exatamente essa metodologia, quais são os atos de concentração e qual a crítica Austríaca que utilizou no trabalho acadêmico. Hoje aluna do mestrado em economia na Universidade Federal de Viçosa (MG), Mariana citou e analisou os principais problemas que identificou nessa estrutura de concentração e de que forma eles atuam para prejudicar o funcionamento do mercado em vez da cumprir a promessa de beneficiá-lo e de permitir a concorrência. Ela também questionou neste podcast o senso comum equivocado a respeito da existência e funcionamento perverso de um suposto monopólio privado, opinou sobre as consequências negativas dos monopólios concedidos pelo estado e de que forma o próprio governo usa essa situação a seu favor para legitimar politicamente os atos de concentração e de correção criados a partir de sua própria atuação.

 61º Podcast Mises Brasil - Rafael Hotz | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Num comentário recente em seu perfil no Facebook, o economista e analista financeiro Rafael Hotz abordou o problema da alavancagem nos bancos federais. Segundo ele, "a alavancagem da Caixa Econômica atingiu a assustadora casa de 28x, contra 17,4x no Banco do Brasil e 12,5x no Bradesco" e que "se se somasse a dívida subordinada ao patrimônio as alavancagens cairiam para, respectivamente, 10,8x na Caixa Econômica, 9,4x no Banco do Brasil e 8,3x no Bradesco". Neste Podcast do Instituto Mises Brasil, Rafael explicou o conceito de alavancagem e fez uma análise Austríaca sobre as suas consequências de acordo com os números disponíveis. "O governo está tendo que injetar cada vez mais recursos nos bancos públicos para conseguir manter o ritmo de concessão de crédito na volumosa taxa. A carteira de crédito do Banco do Brasil cresceu 24% em 2012, a carteira da CEF 42,8% enquanto que a do Bradesco cresceu apenas 7,6%. Então, quanto mais alavancagem você tem necessariamente mais risco. E o governo, que usa os nossos recursos, está fazendo o pagador de impostos incorrer em cada vez mais riscos para distorcer as taxas de juros, os spreads bancários, para implementar a política econômica que o senhor Guido Mantega acha adequada", explicou Rafael, que foi um dos vencedores do VII Prêmio Donald Stewart Jr. (2010) e traduziu o livro Contra a Propriedade Intelectual, de Stephan Kinsella, publicado em 2010 pelo Instituto Ludwig von Mises Brasil.

 60º Podcast Mises Brasil - Ubiratan Jorge Iorio | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Que a equipe econômica do governo brasileiro é péssima, não há dúvidas. Mas quais as críticas mais adequadas sob a perspectiva da Escola Austríaca? Foi em busca dessa resposta que o Podcast do Instituto Mises Brasil entrevistou o professor Ubiratan Jorge Iorio, um dos mais profundos conhecedores no país da teoria Austríaca e que abordou o tema no artigo "Eles são rupestres". Segundo Ubiratan, "essa equipe destruiu vários fundamentos Autríacos. Eu poderia citar vários deles, mas vou mencionar apenas um, o desrespeito à economia de mercado, que é um dos pontos essenciais da Escola Austríaca de Economia. Os preços devem ser sempre determinados pelo mercado, ou seja, pela oferta e pela demanda, e nunca pelos burocratas e tecnocratas do governo. E claramente as pessoas que compõem essa equipe econômica não acreditam nos mercados e acham que o papel do estado é o de induzir, como eles gostam de dizer, ou promover ou crescimento. Na verdade, ao fazer isso, eles promovem um crescimento como os rabos dos cavalos que crescem sempre para baixo". O professor também explicou o que está por trás da decisão do governo de reduzir o imposto de certo grupo de bens e aumentar o de outros e que escapa aos olhos da sociedade brasileira e dos economistas não-Austríacos, e quais são os tipos de incentivos criados para a iniciativa privada quando temos um ambiente político no qual o padrão são mudanças frequentes nas regras do jogo, manipulações nos índices que medem a inflação, expansão do crédito e outras medidas de estímulos com a crença de que a demanda têm poderes mágicos para eliminar o desemprego e fazer a economia crescer.

 59º Podcast Mises Brasil - Leonidas Zelmanovitz | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Em sua tese de doutorado "Fundamentos filosóficos de las instituciones monetarias", defendida em 2011 na Universidad Rey Juan Carlos (Madri), o brasileiro Leonidas Zelmanovitz dedicou-se a um ambicioso e desafiador projeto: investigar a natureza da moeda e das instituições que se desenvolvem ao seu redor a partir de uma perspectiva metafísica, epistemológica, ética e política. Seu objetivo era, a partir da compreensão dos fenômenos monetários e mediante uma investigação sobre a sua natureza e princípios filosóficos, descobrir se era ou não possível fazer um juízo moral sobre a moeda. Nesta entrevista ao Podcast do Instituto Mises Brasil, Leonidas, que é Fellow do Liberty Fund, mestre em Economia Austríaca e doutor em Economia Aplicada pela Universidad Rey Juan Carlos, explica os pontos principais de sua pesquisa e a sua posição. "Sem um conhecimento adequado e uma posição correta sobre qual é a natureza e a função da moeda em sociedade, sobre quais são as limitações de conhecimento que se tem sobre fenômenos monetários não é possível fazer um julgamento sobre o que é certo e o que é errado em termos de política monetária. Não é possível, na minha opinião, e essa é a tese que eu defendi, fazer um juízo moral sobre a moeda. E, sem isso, as avaliações que se podem fazer da adequação de políticas monetárias ficam imensamente prejudicadas". Leonidas, que gentilmente ofereceu enviar o arquivo com a tese de doutorado para todos os ouvintes deste podcast interessados no assunto (basta enviar email para lzelmanovitz@libertyfund.org mencionando esta entrevista), também respondeu à pergunta formulada por Rothbard no livro "O que o governo fez com o nosso dinheiro?", que será lançado pelo IMB, ou seja, se a oferta de moeda deve ser regulada por algum tipo de critério ou se pode ser deixada totalmente para o livre mercado, e de que forma as intervenções do governo nos arranjos monetários e financeiros relativizam ou reduzem a proteção legal dos direitos de propriedade.

 58º Podcast Mises Brasil - Roberto Rachewsky | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Diante da reação política que se seguiu à tragédia na boate Kiss em Santa Maria (RS), na qual a imprensa e as autoridades passaram a cobrar maior controle estatal, escrevi em tom jocoso no Facebook que a palavra "oxalá" seria aposentada e passaríamos a usar "Alvará seja possível fazer isto ou aquilo". O humor era uma forma suave de criticar a mentalidade estatista sem ser ofensivo com as vítimas diretas e indiretas da tragédia. Mas também era possível fazer uma crítica séria e contundente sem deixar que a comoção pelo evento corrompesse a análise, como o fez o empresário Roberto Rachewsky. Num texto publicado neste site, ele tocou num aspecto importante da questão ao afirmar que "o estado não pode ser o fiscal da segurança. Nem das pessoas, nem das propriedades, pois nunca perde nada em caso de sinistro" e que "apenas seguradoras privadas poderiam atestar se um determinado local tem a devida e esperada segurança para o público que a frequenta". Atuando na área de comércio exterior e um dos fundadores e presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) no período de 1986 a 1987, Roberto ratifica e detalha os pontos de sua crítica em entrevista a este podcast. "A responsabilidade que cada um de nós temos tem sido delegada a pessoas que tem muito pouco a acrescentar no que se refere à nossa segurança". Segundo ele, a tragédia de Santa Maria demonstrou mais uma vez a incompetência do estado e a única forma de melhorarmos a questão da segurança é atribuir à iniciativa privada a definição das regras e a exigência de seu cumprimento.

 57º Podcast Mises Brasil - Alexandre Barros | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Talvez nenhum outro liberal brasileiro tenha escrito mais sobre os benefícios do capitalismo e do livre mercado para os pobres do que o cientista político Alexandre Barros. PhD pela Universidade de Chicago e colaborador regular do jornal O Estado de São Paulo, Alexandre aproveita todas as janelas de oportunidade, sejam nos artigos, entrevistas e comentários no rádio e na TV para demonstrar por que e de que forma a liberdade de empreender e a concorrência melhoram a vida das parcelas mais carentes da população. Nesta entrevista ao Podcast do Instituto Mises Brasil, ele explica a sua posição: "No capitalismo, é possível fazer escolhas. Se você é pobre e precisa comprar um ferro de engomar ou um liquidificador vai encontrar desde um muito baratinho até um muito caro, de vários modelos e de qualidade e durabilidade diferentes. Num modelo de controle estatal, não há escolhas a fazer. (…) O estado sempre fixa os preços no que convém ao próprio estado, e como você não tem escolha, você é obrigado a consumir no preço e qualidade que for oferecido. (…) A competição é a grande coisa que facilita a vida dos pobres". Com um longo percurso na vida acadêmica e atuando até hoje como consultor, Alexandre dá dicas valiosas de como argumentar adequadamente em defesa do capitalismo e do livre mercado e explica como os sindicatos e o governo prejudicam os trabalhadores ao patrocinarem leis criadas para supostamente beneficiar os pobres, mas que, na prática, provocam o efeito contrário. Além disso, ele também analisa por que geralmente os mais pobres, que em sua grande maioria trabalha na iniciativa privada, têm essa mentalidade de dependência em relação ao governo. Outra questão de grande importância abordada por Alexandre neste Podcast diz respeito à questão da possibilidade de se ter um estado mínimo e eficiente. "Estado eficiente é um oxímoro. (...) Estado mínimo é uma contradição em si mesmo".

 56º Podcast Mises Brasil - Fabio Barbieri | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Há um equívoco muito comum, já convertido em chavão, que insiste em estabelecer uma separação definitiva entre teoria e prática, como se a prática não pudesse ser o resultado de uma teoria que a concebe. O quadro se agrava, entretanto, quando a teoria que fundamenta a prática é equivocada, inadequada ou completamente falível. A presidência da República e a equipe econômica têm feito desses tipos de teoria a sua prática recorrente e os seus efeitos danosos ampliam ainda mais as intervenções do estado brasileiro na economia e o sufoco da iniciativa privada. Nesta segunda entrevista ao Podcast do Instituto Mises Brasil (a primeira pode ser ouvida aqui e aqui), Fabio Barbieri, doutor em economia e professor da FEA-USP de Ribeirão Preto, cita e analisa as intervenções do governo brasileiro em 2012 com base na definição do intervencionismo proposta por Murray Rothbard, ou seja, a substituição da ação voluntária pela coerção, considerando os gastos públicos, tributação, operação de indústrias estatais, fornecimento de bens subsidiados e outras intervenções. "As mais daninhas são aquelas que ocorrem ao longo do tempo com a conta para ser paga no futuro, o que dificulta ainda mais avaliar quais são as piores. É aquele artigo básico do Bastiat: a bebedeira é hoje e a ressaca vem amanhã". Ainda utilizando a concepção de Rothbard, Barbieri comenta se as intervenções binárias (como tributação, por exemplo) e as intervenções triangulares (regulações de comércio e contratos, regulações ambientais e de segurança) são instrumentos de ampliação de poder a partir do controle da iniciativa privada em vez de meras políticas públicas, e explica qual é a consequência mais grave da diminuição da capacidade de adaptação dos mercados às mudanças que continuamente ocorrem nas economias, de acordo com a base teórica comum da análise austríaca do intervencionismo.

 55º Podcast Mises Brasil - Cleber Nunes | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Há histórias que são tão inacreditáveis por serem verdadeiras que superam no absurdo muitos casos ficcionais. O empresário mineiro Cleber Nunes foi perseguido pelo estado por ter decidido junto com a esposa assumir e prover em casa o ensino dos dois filhos naquilo que é chamado de homeschooling . Mesmo depois que os filhos provaram para a justiça que os conhecimentos adquiridos pelo estudo em casa o tornavam capazes de passar numa série de testes de conhecimento a que foram submetidos, Cleber foi condenado criminalmente pela justiça por abandono intelectual e também por se recusar a matriculá-los numa instituição de ensino como exige o Estatuto da Criança e do Adolescente. Para preservar o princípio de sua decisão, até hoje não pagou as duas multas determinadas judicialmente. "Foi uma condenação puramente ideológica. Nada nos autos ou nas audiências fazia qualquer sentido porque quando fomos processados os meninos foram testados e ficou comprovado, e o próprio juiz admitiu nos autos, que os meninos haviam alcançado um nível satisfatório de conhecimento. Nós fomos condenados, e isso está na sentença, porque os dois foram transformados em autodidatas, ou seja, o conhecimento foi obtido por esforço deles e não por aulas ministradas pelos pais. Parece uma piada, mas está na sentença", disse Cleber. Nesta entrevista ao Podcast do Mises Brasil, o empresário explica por que decidiu tirar os filhos da escola quando tinham, respectivamente, 13 e 14 anos para que estudassem em casa. "Num determinado dia eu pensei: não vou sacrificar os meus filhos simplesmente para cumprir uma norma legal", afirmou Cleber, que também relata as críticas que sofreu por supostamente privar os filhos da convivências social na escola. "A escola é um dos piores ambientes para que a criança se socialize". Cleber afirmou que não acredita na legalização do homeschooling no Brasil e sequer acha necessário que haja uma lei que permita tal prática. "Esperar que uma lei permita ensinar os filhos em casa é ter mentalidade de escravo", afirma Cleber, que se tornou leitor dos artigos publicados no site do Instituto Mises Brasil.

 54º Podcast Mises Brasil - Fernando Ulrich | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

O que deu errado em 2012 no que tange à economia brasileira? Foi essa a pergunta que serviu de mote para o ótimo texto escrito por Fernando Ulrich, conselheiro do Instituto Mises Brasil, para este site no final de dezembro do ano passado. Ao diagnóstico nada animador feito por Ulrich listava se somava uma série de medidas que, ele, de forma muito elegante, dizia se tratar apenas de um vislumbre da hiperatividade exercida pelo atual governo brasileiro sobre a economia. A lista de intervenções elaborado por Fernando, que atua na área de finanças corporativas, incluía os vários incentivos fiscais para setores favoritos do governo, a manipulação meticulosa de impostos sobre empréstimos estrangeiros, as seguidas intervenções do Banco Central no mercado de câmbio, a manipulação da taxa oficial de inflação — o IPCA — mediante alterações nas alíquotas de impostos incidentes sobre vários produtos, o "controle" da dívida e do déficit público através de criativos mecanismos contábeis, a expansão do crédito pelos bancos públicos por ordem direta do governo para satisfazer interesses politicos, o subsídio às exportações, a interferência direta do Ministério da Fazenda na gestão de empresas estatais e privadas como Petrobras e Vale, e a redução por decreto das tarifas de energia elétrica. Segundo explicou Ulrich nesta segunda entrevista ao Podcast do Mises Brasil (a primeira pode ser ouvida aqui), essa intervenções, juntas, criam um ambiente altamente nocivo para a iniciativa privada e geram os piores incentivos, além de revelar a mentalidade do atual governo. "A maneira como as equipes da Dilma e do Mantega enxergam a economia me remonta àquele filme do Charlie Chaplin operando aquelas máquinas (Tempos Modernos), apertando um botão, soltando a manivela, gira outro botão, pressiona aquele. Acho que é assim que eles enxergam como a economia funciona; que basta microgerenciar cada aspecto da economia que você vai conseguir levá-la para o lugar que você quer". Nesta entrevista, o conselheiro do Mises Brasil também fala sobre as incertezas e a insegurança provocadas pelas intervenções e de que forma os conhecimentos da Escola Austríaca pode ajudar empreendedores e analistas a lidar com esse ambiente. E também explica qual a consequência, para o mercado, do fato de o BNDES "tomar empréstimos a prazos extremamente longos, conceder empréstimos de maturação bastante curta, e, em todo este processo, auferir altos lucros oriundos de um spread positivo".

 53º Podcast Mises Brasil - Martim Vasques da Cunha | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

A utopia é um rico problema teórico tratado pela filosofia política, também no que se refere ao estudo das ideologias, muito embora a bibliografia sobre o tema ainda seja pequena. Os estudiosos do assunto ainda sequer chegaram a um consenso sobre qual é a melhor definição da palavra criada pelo inglês Thomas More (depois canonizado) em sua famosa obra homônima que definiu, em parte, a sua concepção literária e política. Partindo da obra e da biografia de More, o jornalista e escritor Martim Vasques da Cunha decidiu estudar o problema no livro Crise e Utopia – O Dilema de Thomas More (Vide Editorial) que também explica a questão do poder e de sua dimensão e crescimento. Neste primeiro Podcast de 2013, Martim explica os desdobramentos da mentalidade utópica para as ideologias políticas que transformaram o século XX e como aquela estrutura a política contemporânea e a consagração da social-democracia como ideologia e sistema político. O jornalista explica que, assim como os regimes totalitários do século XX, "a social-democracia também quer mudar a natureza humana, e não só o comportamento humano". A grande diferença, segundo ele, é que a social-democracia obscurantista (expressão usada por Paulo Mercadante) faz isso através de meios mais sedutores e com promessas de ajuda material e de apoio social que criam a ilusão de certo conforto. Por isso, Martim é taxativo ao afirmar que: "A social-democracia é o comunismo com camisinha". Martim também conta a sua experiência como colaborador do site O Indivíduo, pioneiro na internet na apresentação das ideias e de autores do pensamento liberal, e que serviu de influência para muitos liberais, e onde teve o primeiro contato com autores como Ludwig von Mises, Murray Rothbard e Hans-Hermann Hoppe.

 52º Podcast Mises Brasil - Carlos Novais | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Austro-libertário e jusnaturalista, membro da Causa Liberal e colaborador do Instituto Mises Portugal, Carlos Novais tem uma longa história de estudo e defesa das ideias libertárias e da Escola Austríaca. Em Portugal, talvez seja um dos que mais conheça o pensamento de Murray Rothbard. Neste último Podcast do Instituto Mises Brasil do ano de 2012 que se encerra, Carlos responde qual seria, considerando a sociedade de leis privadas defendida por autores como Hans-Hermann Hoppe ou o estado mínimo do liberalismo clássico, o ambiente mais adequado para se preservar as liberdades. Ele, que é licenciado em gestão de empresas e profissional do mercado de capitais, também dissertou sobre se haveria algum risco de um hipotético ambiente anarcocapitalista, onde provavelmente houvesse mais leis, legislação e regulamentação, embora todas privadas, comprometer a própria liberdade que o originou. Aprofundando alguns temas-chave, Carlos, alicerçado numa perspectiva rothbardiana, opinou sobre se democracia e liberdade são compatíveis como já se tornou comum considerar, ou é próprio da natureza da democracia gerar ao longo do tempo uma supressão gradual das liberdades. Ele ainda respondeu sobre a possibilidade de aplicação dos conhecimentos da Escola Austríaca num ambiente não-livre ou se sua aplicação exige um mínimo de liberdade política e econômica.

 51º Podcast Mises Brasil - Lino de Mello Gill | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Um dos tantos equívocos que se difunde amplamente sobre o desenvolvimento econômico é aquele segundo o qual não é apenas função do governo promovê-lo, mas que este funcionaria mesmo como o motor da economia. Quando se une essa visão fraudulenta com um ambiente no qual a iniciativa privada é vista de forma negativa pela sociedade e é desestimulada e criminalizada pelo estado, temos aí todos os elementos para o sucesso de um modelo que fez do Brasil o país que é. Mudar esse paradigma e arejar a cultura social são uma tarefa hercúlea, lenta e gradual, que depende da ação dos defensores das ideias da liberdade, individualmente ou de forma associada em organizações como este Instituto Mises Brasil e vários outros como, por exemplo, o Estudantes pela Liberdade (EPL). Nesse sentido, aliás, foi um ano de muito trabalho e conquistas importantes, incluindo reportagens um tanto desvairadas na imprensa esquerdista. No Podcast de hoje, o presidente do Conselho Executivo do EPL, Lino de Mello Gill, conta como foi desenvolvido o trabalho da entidade em 2012 e qual o principal problema enfrentado, opina sobre a forma mais adequada e eficaz para apresentar o libertarianismo e a Escola Austríaca aos jovens estudantes, e explicou como será a relação da organização brasileira com associação internacional Students for Liberty, a qual passaram a integrar, e sobre os planos para 2013. "Temos que focar mais na capacitação desses estudantes para que eles possam ser realmente eficazes na promoção da causa pela liberdade". Graduando em Ciências Econômicas pela Universidade de Brasília, investidor autônomo e estudioso da praxeologia, Lino também falou sobre o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Estudos da Escola Austríaca do Distrito Federal, do qual é membro e cujo fundador, Daniel Marchi, já foi entrevistado neste podcast, e como descobriu as ideias libertárias e da Escola Austríaca.

 50º Podcast Mises Brasil - Jorge Peixoto Vasquez | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Se os admiradores e defensores do livre mercado e do empreendedorismo tendem a ver o empresário brasileiro como uma espécie de herói, o que dizer daquela categoria especial de empreendedores que também defendem as ideias da liberdades, da Escola Austríaca e se assumem como anarco-capitalistas? É nesse grupo que se insere Jorge Peixoto Vasquez, graduado em engenharia elétrica, sócio da Pret-Apporter (startup focada em redes sociais para o mercado de moda) e presidente do Instituto de Formação de Líderes de São Paulo (IFL-SP). “Sou um pacifista, anarquista e libertário do ponto de vista moral. Não faz sentido para mim existir uma sociedade pacífica, que é a que desejo, nesse sistema atual organizado sob a égide de uma coisa chamada estado, que é definido principalmente pelo monopólio do uso da força”. Nesta entrevista ao Podcast do Instituto Mises Brasil, Jorge também explica como o IFL desenvolve a formação de seus membros em face de um ambiente culturalmente antiempresário e antimercado, com todos os incentivos para que os empreendedores se tornem defensores e colaboradores do governo. Ele cita os livros e autores liberais, libertários e Austríacos utilizados nos estudos e comenta sobre a maior dificuldade na realização desse trabalho. “Geralmente, a perspectiva inicial dos novos membros é social-democrata, mas essa visão vai mudando com o acesso a autores liberais e libertários e os debates”. Membro do IFL-SP desde 2009, onde teve o primeiro acesso ao conteúdo das ideias da liberdade e onde já atuou como diretor de formação, Jorge também opinou sobre a forma mais adequada de atuação de institutos como o IFL para desenvolver o trabalho da maneira mais produtiva e eficiente.

 49º Podcast Mises Brasil - Itamar Flávio Silveira | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

O professor Itamar Flávio Silveira dedicou uma parte de sua juventude aos ideias de esquerda. Quando era estudante universitário no curso de história, participou de grupos de estudos marxista, foi presidente de centro acadêmico e chegou a fazer parte da direção do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em Maringá (PR). Hoje, com o fim do compromisso e após 21 anos como professor do departamento de história da Universidade Estadual de Maringá, onde usa os conhecimentos de Escola Austríaca nas suas aulas de história econômica, sugere sucintamente como lidar com a dominação ideológica nas universidades: "O grande inimigo do socialismo é o estudo". Neste Podcast do Instituto Mises Brasil, o professor Itamar explica como utiliza as obras de Ludwig von Mises e de F. A. Hayek para ensinar história com uma perspectiva Austríaca, ou seja, fundamentada na ação humana e não no historicismo marxista. "Numa perspectiva marxista, a conjuntura, o meio, produz o homem. Numa perspectiva Austríaca, o indivíduo é importante. O método marxista, na verdade, é muito bobinho". Também mestre em Educação, autor do livro "A Construção do Atraso" e coautor da obra "História Econômica Moderna e Contemporânea", Itamar lista os autores que utiliza nas suas aulas e define com uma frase por quê se deixou seduzir pela esquerda, frase esta que também sintetiza a sua experiência como aluno de gradução: "Fui um aprendiz da ignorância". Atualmente, devido ao desenvolvimento e a difusão das ideias da liberdade potencializada pela internet e à grande quantidade de pessoas, especialmente jovens, interessados na Escola Austríaca, o professor Itamar, embora não seja propriamente um otimista, acha que estamos vivendo um bom momento para a divulgação e defesa das ideias liberais.

 48º Podcast Mises Brasil | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

O culto à carga foi um fenômeno bastante peculiar registrado entre os habitantes de ilhas do Oceano Pacífico. Quando os nativos travaram contato com estrangeiros (e suas tecnologias) que lá se instalaram temporariamente e receberam cargas com suprimentos, seja de navio ou lançados ao solo por aviões, criaram uma espécie de ritual religioso de imitação na forma de andar e de se vestir na esperança de que essa reprodução espelhada de comportamento fizesse com que os deuses enviassem do céu as mesmas cargas que fizeram diferença na vida deles, desde grandes equipamentos aos mais simples objetos pessoais. Numa palestra proferida em outubro, Diogo Costa, professor de Ciência Politica do Ibmec de Minas Gerais e coordenador do OrdemLivre, usou o exemplo para estabelecer uma interessante analogia com a mentalidade desenvolvimentista tão cara aos políticos e governos no Brasil e a cópia sistemática de políticas de outros países sem atentar para o ambiente e os meios que as tornaram possíveis. Nesta entrevista ao Podcast do Instituto Mises Brasil, Diogo observa que o Brasil é um país com vários exemplos do que se pode chamar de culto à carga. "Somos um país amarrado a uma obsessão por modelos internacionais pelo desenvolvimento dos países do Norte (Estados Unidos e Europa) e, às vezes, a gente não sabe o que produziu aquele desenvolvimento e simplesmente copia aspectos aleatórios àquela causalidade. Outro exemplo disso que se pode notar de forma bastante clara são as políticas de ação afirmativa implementadas aqui. (?) Então, se cria uma cota para resolver o problema de alguma forma e a gente acha que com isso estamos sendo progressistas em inclusão quando, na verdade, podemos estar criando mecanismos de exclusão e importando problemas raciais que o Brasil não teve". Mestre em Teoria Política pela Universidade Columbia (Estados Unidos), Diogo também abordou neste podcast questões relacionadas ao desejo de parte dos libertários de que a política seja reduzida ao máximo, à sua defesa por um liberalismo eclético, à perspectiva libertária sobre os princípios de justiça, à mentalidade dos operadores do direito e a forma como a legislação é vista por eles e pela sociedade. E se a história do libertarianismo brasileiro for registrada futuramente em livro, Diogo será um dos seus personagens principais por ter criado o OrdemLivre.org, uma das organizações pioneiras no Brasil na difusão, promoção e defesa das ideias libertárias. Diogo explica por quê e qual foi a sua motivação para criar o OL no Brasil quando ainda morava nos Estados Unidos.

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