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 107º Podcast Mises Brasil - Alberto Oliva | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Uma das preocupações deste Podcast desde a sua criação foi não apenas apresentar e debater as ideias da liberdade e o pensamento da Escola Austríaca para além da esfera econômica, mas apresentar aos ouvintes mais jovens aqueles intelectuais brasileiros que vêm contribuindo de forma notável para o estudo do pensamento liberal e Austríaco, mas não têm hoje a projeção e o reconhecimento público que merecem. O entrevistado de hoje é o professor de filosofia da UFRJ, Alberto Oliva, autor de dois livros que todo liberal brasileiro deveria ler "Entre o Dogmatismo Arrogante e o Desespero Cético" e "Conhecimento e Liberdade". No primeiro, o professor Oliva defende a tese de que o liberalismo, alicerçado num edifício epistemológico consistente, possui uma identidade filosófica original que, por se afastar da arrogância dos dogmatismos e das simplificações teóricas esquemáticas, consegue responder de forma adequada questões substantivas como a própria indagação sobre o que é a liberdade. E no segundo livro, um dos temas centrais é a divergência entre individualismo radical e holismo, analisada segundo as perspectivas ontológica e epistemológica. Além dos temas já mencionados, o professor Oliva abordou neste podcast ourtos tópicos como as formas de conhecimento, racionalismo dogmático, limites da razão humana, caráter falibilista do pensamento liberal, o problema do empirismo, procedimentos generalizadores, individualismo radical e coletivismo, tentativa de remodelagem ou construção de uma nova sociedade. Oliva também revelou como ocorreu o seu primeiro contato com as ideias da liberdade, respondeu à pergunta se o fato de ser liberal o prejudicou em sua vida acadêmica, dissertou sobre a importância do estudo e da formação acadêmica para os defensores da liberdade no Brasil e o que representa, para os estudiosos da Escola Austríaca no país, a existência de uma revista acadêmica como a MISES, da qual é membro do conselho editorial.

 106º Podcast Mises Brasil - Claudio Andrés Téllez-Zepeda | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Além do aumento significativo do interesse pela Escola Austríaca no Brasil, acadêmicos de outras áreas que não a economia têm utilizado o instrumental teórico Austríaco para estudar a política, a história, as relações internacionais (RI). Neste caso, como se trata de uma área de estudos recente e em busca de uma identidade teórica, o campo de trabalho é bastante amplo e favorável à aplicação do pensamento Austríaco, razão pela qual o Podcast do IMB foi entrevistar Claudio Andrés Téllez-Zepeda, professor de Relações Internacionais da PUC do Rio de Janeiro. Claudio explica neste podcast que tipo de contribuição a teoria Austríaca pode dar aos estudos das relações internacionais e as eventuais incompatibilidades, as principais contribuições de Mises e de Hayek, e a possibilidade de combinar o instrumental teórico Austríaco com o da Escola Inglesa de RI, especialmente nos trabalhos de Hedley Bull que trabalha com uma concepção anárquica na sociedade internacional. “Lembrando o saudoso professor Ubiratan Borges de Macedo, modernidade e liberalismo são indissociáveis. (...) E a Escola Austríaca por ter na sua fundamentação filosófica o pensamento liberal, ela nos coloca em contato direto com os problemas da modernidade. E qual seria a ligação disso com as RI? A área teórica das RI tem como seu grande objeto o sistema internacional moderno. Creio que este é o primeiro ponto de conexão. E a própria proposta teórica de Mises, a praxeologia, já mostra que há uma indissociabilidade entre política, direito e economia (conhecimentos fundamentais ao estudo das RI)”, disse o professor da PUC-RJ. O podcast desta semana estréia a nova vinheta com a música “Liberty and Rock and Roll”, de autoria de Matheus Pacini, já entrevistado neste programa.

 105º Podcast Mises Brasil - Luciano Pires | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Sob vários aspectos, 2013 foi um ano vitorioso para os estudiosos e defensores das ideias da liberdade no Brasil. Foi um ano de muito trabalho e de intensa atividade de indivíduos e de organizações, de palestras, conferências, reuniões, lançamento de livros, criação de cadeiras de Escola Austríaca em cursos de economia, lançamento da revista acadêmica MISES. Muita gente se descobriu ou foi descoberta pelo pensamento liberal. É o caso, por exemplo, do empreendedor, escritor e podcaster do Café Brasil, Luciano Pires, o primeiro entrevistado de 2014 do Podcast do IMB. Palestrante requisitado na área corporativa, Luciano tem usado as ferramentas teóricas da Escola Austríaca no seu trabalho e no podcast do Café Brasil. No programa Esse tal Capitalismo, ele apresentou o tema a partir do livro As Seis Lições, de Mises, para a sua eclética e numerosa audiência (além de publicado no site, o podcast é transmitido para 29 emissoras de rádios em vários pontos do país). No programa seguinte, ele abordou o socialismo. Nesta entrevista, Luciano nos conta como chegou até a obra de Mises, à Escola Austríaca e ao site do IMB. “Depois de uma palestra na qual eu abordava a cultura do brasileiro de ‘se dá para eu pagar mensalmente, eu compro e dane-se o valor final do produto’, comecei a estudar a composição do preço e caí na teoria do valor subjetivo. E aí caí no Mises, fui parar na Escola Austríaca, conheci o site do Instituto Mises Brasil e comecei a descobrir uma série de coisas interessantes. (...) Aí descubro um mundo gigantesco ao encontrar o embasamento teórico para aquilo que eu tenho vivido a prática”. Nesta conversa, Luciano explica por qual razão tem utilizado a abordagem Austríaca para tratar assuntos políticos e econômicos, diz como tem sido a repercussão nas palestras do uso dessa perspectiva, e, de acordo com a sua experiência no mundo corporativo (ele próprio trabalhou durante anos como executivo de uma multinacional de autopeças), conta qual é a visão de empreendedores, executivos e funcionários sobre o capitalismo, livre mercado e a questão das liberdades.

 104º Podcast Mises Brasil - Acadêmicos de Milton Friedman | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Uma preocupação cada vez maior de parte dos defensores da liberdade é não restringir a divulgação das ideias sob a perspectiva econômica e política por considerar a amplitude e a eficácia de uma abordagem cultural. E se é verdade que já existem textos que têm a cultura como objeto de análise, ainda são raros os produtos culturais que usam as ideias da liberdade como tema. Nesse sentido, a grande novidade foi a criação do grupo de samba Acadêmicos de Milton Friedman pelos músicos brasileiros Jopa Velozo e João Nogueira. Radicados nos Estados Unidos, onde completaram os estudos na Berklee College of Music, Jopa e João decidiram criar o grupo meio que na gozação e utilizar as letras para, de forma bem-humorada promover o pensamento liberal e criticar os inimigos da liberdade. Os Acadêmicos de Milton Friedman lançaram até agora quatro músicas no Youtube: Samba do Torreão, San Bastiat, Bigodagem Bolivariana e Seu Rouanet (esta divulgada depois da gravação deste Podcast). Nesta entrevista ao Podcast do IMB, Jopa e João contam como foi que o grupo surgiu a partir do gosto dos dois pelo samba e o fato curioso de ter sido um amigo de esquerda a batizar o grupo. “A primeira música foi feita para zoar esse amigo nosso do Recife, Pedro Torreão, sociólogo, que passou uma semana aqui em conversas nas quais mais discordávamos. Mas ele adorou a música, se sentiu um ‘muso’”, disse João, pianista que trabalha com vários músicos em Brooklyn, New York, onde mora, incluindo o grupo de rock Stone Giant, que utiliza as ideias da liberdade como tema das letras. “Ele foi super agradável e gostou pra caramba do samba”, completou Jopa, que vive na região de New England, é guitarrista da banda The Plan of the Plains, membro da equipe do Portal Libertarianismo e coordenador do site LiberdadeBR. João e Jopa também explicaram como definem o assunto e a abordagem das letras, como são criadas as músicas em parceria e como tiveram o primeiro contato com as ideias da liberdade.

 103º Podcast Mises Brasil - Helio Beltrão e Fernando Ulrich | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

O Podcast do Instituto Mises Brasil de hoje marca a estréia do Hangout do Podcast. Com a consolidação do programa de entrevistas e o uso e o interesse cada vez maior por mais plataformas de divulgação que não apenas em áudio, este Podcast passa a integrar ao seu conteúdo material produzido em vídeo com a já reconhecida qualidade. O Hangout do Podcast do Instituto Mises Brasil desta semana, por se tratar do programa piloto, foi gravado previamente com a finalidade de testar o formato. Mas os próximos serão realizados ao vivo, com transmissão pelo Youtube, e em seguida estará disponível não só em vídeo, mas também em formato de áudio como os demais podcasts. O tema do primeiro Hangout é bitcoin, o instrumento eletrônico de troca que tem despertado curiosidade e atraído cada vez mais a atenção internacional. Entre os libertários e Austríacos, há muitos entusiastas e defensores do bitcoin, mas também críticos como Frank Shostak, que diz que o bitcoin não é moeda, mas um novo instrumento eletrônico para troca ou um novo meio para utilizar a moeda existente em transações, e Gary North, colaborador do Mises Institute, que, utilizando a teoria Austríaca, o qualifica como o mais espetacular esquema Ponzi privado da história. Para conversar sobre o tema, o Hangout do Podcast do Instituto Mises Brasil convidou Fernando Ulrich, mestre em Economia Austríaca, conselheiro do Instituto Mises Brasil e um dos principais estudiosos do bitcoin no Brasil, e Helio Beltrão, presidente do IMB, que tem feito críticas pontuais à forma como a moeda tem sido utilizada.

 102º Podcast Mises Brasil - Domingos Crosseti Branda | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

O ano de 2013 tem sido memorável para os estudiosos da Escola Austríaca no Brasil. Além dos eventos, palestras, cursos, debates, publicação de livros, elaboração de trabalhos acadêmicos, criação e desenvolvimento de organizações ligadas direta ou indiretamente ao pensamento Austríaco, tivemos o lançamento da revista acadêmica MISES e a abertura da cadeira de Escola Austríaca na Universidade Federal do Ceará graças ao trabalho valioso realizado pelos componentes do Instituto Liberal do Nordeste e do Grupo de Estudos Dragão do Mar. A outra excelente notícia é a abertura de uma disciplina de Escola Austríaca no Centro Universitário Franciscano por iniciativa do professor e investidor autônomo Domingos Crosseti Branda, já entrevistado neste podcast. Docente na instituição de ensino superior localizada na cidade de Santa Maria (RS), que sedia a Universidade Federal onde se formaram vários estudiosos do pensamento Austríaco, como ele próprio e a Mariana Piaia Abreu, Domingos conta neste podcast como ocorreu o processo de criação e apresentação da ideia da disciplina à coordenadora do curso de economia, que aceitou a proposta por considerar que os alunos devem conhecer as ideias de economistas de diferentes escolas de pensamento. “Mas antes mesmo de apresentar o programa da disciplina à coordenação do curso de economia, eu o submeti à apreciação do professor Ubiratan Iorio, que me deu total apoio. O programa consiste basicamente nos princípios de Economia Austríaca nos mesmos moldes das aulas que assisti em Madri e foram lecionadas pelo professor Jesús Huerta de Soto”, disse Domingos, que é Mestre em Economia da Escola Austríaca pela Universidad Rey Juan Carlos e já abordava pontos específicos do pensamento Austríaco nas suas aulas para o curso de administração. Domingos também opinou sobre de que forma a revista acadêmica MISES colabora e potencializa o desenvolvimento acadêmico da Escola Austríaca no Brasil.

 101º Podcast Mises Brasil - J. O. de Meira Penna | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Nascido num país onde a liberdade nunca foi um dado cultural e justamente no ano da revolução bolchevique em 1917, José Osvaldo de Meira Penna se transformou num ícone das ideias da liberdade no Brasil. Diplomata de carreira, Meira Penna construiu uma vida intelectual brilhante com livros fundamentais para entender o Brasil, como Em Berço Esplêndido - Ensaios de psicologia coletiva brasileira, Opção Preferencial Pela Riqueza, O Brasil na Idade da Razão e O Dinossauro. Aos 96 anos, Meira Penna talvez seja o mais longevo liberal brasileiro. Lúcido e ativo, Meira Penna concedeu esta entrevista histórica ao Podcast do Instituto Mises Brasil para contar uma parte de sua vida e ideias, que também são parte da história do liberalismo no Brasil. Nesta conversa, realizada graças à ajuda valiosa de Bráulio Porto de Matos, Luiz Jardim e Daniel Marchi, o embaixador aposentado conta por que se tornou um liberal, quais foram os primeiros autores que leu, o encontro com Hayek no Brasil e o ingresso na, e as reuniões da, Mont Pelerin Society. Ele também explicou a concepção psicológica do brasileiro, elaborada a partir das teses de C. G. Jung, a influência do positivismo na política nacional, e a ausência, desde a colonização, de um ambiente favorável à livre iniciativa devido à ausência de capitalismo, resistências burocráticas, patrimonialismo, escravidão, nacionalismo míope e ressentido, elementos que ajudam a explicar a relação de dependência e servidão de parte da sociedade brasileira em relação ao governo e a própria atuação das instituições políticas. É uma honra para este Podcast compartilhar a entrevista com os ouvintes. Com vocês, J. O. de Meira Penna.

 100º Podcast Mises Brasil - Bruno Garschagen | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

No dia 5 janeiro de 2012, quando o primeiro Podcast do Instituto Mises Brasil foi publicado, era difícil ter certeza quanto à longevidade deste trabalho. Ainda se tinha a impressão de que os brasileiros interessados pela Escola Austríaca, liberalismo e libertarianismo caberiam todos numa Kombi. Mas à medida que os podcasts eram publicados, mais nomes eram acrescentados à lista inicial e mais pessoas em vários cantos do país desenvolviam trabalhos acadêmicos, crivam grupos de estudos e promoviam eventos para divulgar e defender as ideias da liberdade. O tempo passava, a lista aumentava e o Podcast avançava mostrando aos liberais, libertários e austríacos do país quem eram os liberais, libertários e austríacos que realizavam algo relevante. E eis que chegamos ao centésimo Podcast. Para celebrar o Podcast de nº 100, o entrevistado é o criador do programa, o empreendedor intelectual Bruno Garschagen, numa conversa comandada por Cristiano Chiocca, economista, empresário e vice-presidente do Instituto Mises Brasil. Nesta entrevista, Garschagen fala sobre o objetivo e o desenvolvimento do programa nesses quase dois anos de publicação semanal ininterrupta. E também conta quais foram as entrevistas mais polêmicas e os fatos mais marcantes (como a ponte cultural com Portugal e com a Galícia) neste que já se tornou um dos podcasts mais importantes no cenário Austríaco e liberal de língua portuguesa. Mestre em Ciência Política e Relações Internacionais pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa e Universidade de Oxford (visiting student), comentarista político, tradutor (O Fim do Fed - Por que Acabar com o Banco Central, de Ron Paul, e Uma Teoria do Socialismo e do Capitalismo, de Hans-Hermann Hoppe) e membro do conselho editorial da MISES: Revista Interdisciplinar de Filosofia, Direito e Economia, Garschagen observa que de 2009 até agora, o crescimento do interesse e da participação direta de pessoas na divulgação das ideias da liberdade foi extraordinário, e isso ajudou diretamente o Podcast. “Muitas pessoas fizeram a diferença ao abandonar o discurso pessimista e adotar um plano de ação com objetivos definidos e cujos resultados estão sendo colhifos em 2013. Isso mostra que apesar das dificuldades e certa dominação ideológica nos departamentos universitários, há caminhos para se abrir espaços. Basta trabalhar de forma criativa e inteligente e não se deixar abater com os percalços”. Neste podcast, Garschagen também fala sobre se há ou não uma natureza utópica na defesa de uma sociedade de leis privadas e do estado mínimo. Utopia política é o tema, inclusive, da sua tese de mestrado que será publicada em livro no primeiro semestre de 2014. “E também assinei contrato recentemente com a Editora Record, a convite do editor Carlos Andreazza, para escrever um livro. Mas, por enquanto, não posso revelar o tema nem o título. O que posso dizer é que já iniciei as pesquisas e começo a escrevê-lo em dezembro. E acredito que pelo assunto e a abordagem que escolhi, o livro interessará aos defensores e amigos das ideias da liberdade, incluindo aí, claro, os leitores do IMB e os ouvintes deste Podcast”.

 99º Podcast Mises Brasil - Raduán Melo | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Consultor Empresarial e Diretor de Relações Institucionais do Instituto Liberal do Nordeste (ILIN), Raduán Melo é um dos libertários mais ativos do país. Estudioso e bem articulado, Raduán colabora há anos com um valioso trabalho de apresentação e defesa das ideias da liberdade que vem sendo realizado no Nordeste brasileiro. Nesta entrevista ao Podcast do Instituto Mises Brasil, Raduán fala sobre o avanço extraordinário desse processo de divulgação do pensamento liberal/libertário no Ceará, onde mora, e onde existe um grupo que tem atuado de forma competente e profissional, e cujos integrantes formam o Instituto Liberal do Nordeste, o Grupo de Estudos Dragão do Mar e a seção estadual do Estudantes pela Liberdade. “O bom é ver a mudança acontecendo a nosso favor. Sou apenas mais um num grupo cada vez maior. Essa é a questão: a gente conseguiu trabalhar a mudança a nosso favor. Depois de anos de trabalho, conseguimos em 2013 resultados bastante importantes”. Uma dessas grandes conquistas foi conseguir que o departamento do curso de economia da Universidade Federal do Ceará incluísse uma disciplina optativa de Escola Austríaca na grade curricular. A disciplina está sendo lecionada desde o primeiro semestre deste ano. A outra mudança foi convencer a universidade de que economia marxista deixasse de ser disciplina obrigatória. “Em conversa com o coordenador, a gente percebeu que existia um grupo de professores que pode não ter um pensamento liberal, mas que estava insatisfeito com a situação criada por professores marxistas e keynesianos radicais e pelos grupos de alunos ligados a eles e que eram os mais articulados dentro da faculdade. A gente percebeu a insatisfação de muitos alunos com a duração do curso, com a grade curricular muito extensa, com muitas disciplinas marxistas, e a gente colheu essa insatisfação e conversou com a coordenação para colaborar com a mudança da grade. É um processo traumático, de rixa, em que se tem que ter muito cuidado, mas tenho certeza de que se nada tivesse sido feito, a mudança seria feita do mesmo jeito, e provavelmente para pior”.

 98º Podcast Mises Brasil - Carlos Vázquez Padín | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

É uma pena que o ensino no Brasil ignore a riqueza histórica de nossa cultura, a começar pelo idioma. Não sei se as crianças atualmente aprendem que o português brasileiro nos foi legado pelos portugueses, mas, admitindo que sim, presumo que não lhes seja ensinado que a origem do nosso idioma é o galego-português, o idioma que remonta ao século XI e às atuais regiões da Galícia e de Portugal. Foi no século XIV que o galego-português se dividiu nas duas línguas hoje conhecidas. Essa identidade linguística comum com os galegos é a moldura para o Podcast do Instituto Mises Brasil desta semana que foi encontrar na Galícia, a região autônoma localizada no norte da Espanha, Carlos Vázquez Padín, cientista político e um intelectual ativo nos debates públicos. Leitor do site do IMB e estudioso do pensamento liberal/libertário, nesta entrevista, Carlos falou sobre o ambiente e a situação das ideias da liberdade na Galícia. “Para todos os efeitos, fazemos parte da Europa do Sul, com tudo o que isso implica em termos de ambiente político e social, e diria até mesmo intelectual, muito pouco favorável às ideias da liberdade. A Galícia é uma nação sem estado próprio. E desse ponto de vista, a liberdade é um assunto que pode ser abordado sob enfoques distintos e há de alguma maneira o enfoque da liberdade nacional e da possibilidade da secessão e, portanto, da liberdade individual. (...) Do ponto de vista libertário, Mises já mencionava na sua obra “Nação, Estado e Economia” que a liberdade nacional emana, ou deve emanar, da liberdade individual”. Autor do livro Galeguismo e liberdade, um panorama teórico e prático sobre o liberalismo/libertarianismo na Galícia, Carlos é um intelectual atuante no debate público na região e revelou nesta conversa quais são os principais problemas enfrentados pelos liberais na Galícia na defesa e divulgação das ideias da liberdade, o que, desconsideradas as especificidades culturais, são bastante parecidos aos verificados no Brasil. Também lá, é elevada a influência cultural, política e intelectual da esquerda e a intervenção do estado. Carlos não apenas exerce a função de intelectual público, mas também participa do processo político como membro da Assembléia Municipal da cidade de Tui. Ele é filiado ao Converxencia XXI, partido libertário que ajudou a fundar em 2009. Se hoje o partido, pela sua dimensão reduzida, não tem poder ou influência, nos lugares onde elegeu representantes, serve, pelo menos, como contraponto aos partidos tradicionais da esquerda e da direita espanhola que preservam a visão de que cabe ao governo ser o grande agente político e econômico.

 97º Podcast Mises Brasil - Josino Moraes | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

A Consolidação das Leis do Trabalho é uma excrescência jurídica, uma impossibilidade econômica e uma artimanha política. Inspirada na Carta del Lavoro do regime fascista italiano de Mussolini e elaborada pelo governo ditatorial de Getúlio Vargas, sobrevive no ordenamento jurídico brasileiro como o corolário perfeito a um ambiente hostil à iniciativa privada. Prejudica empreendedores e funcionários, e é um dos principais entraves ao desenvolvimento econômico que beneficiaria a sociedade brasileira. Para agravar o quadro, existe a Justiça do Trabalho, que é demolida no livro "A Indústria da Justiça do Trabalho: A Cultura da Extorsão", de autoria do engenheiro e economista Josino Moraes, que não conseguiu editora para publicar uma segunda edição revista e ampliada. Com um longo passado de formação marxista e militância política na extrema esquerda, fui um dos muitos revolucionários que se exilou após a tomada do poder pelos militares em 1964. Seguiu para Cuba, onde participou de treinamento militar; mudou-se para o Chile em 1968, onde ficou até a derrubada de Salvador Allende em 1973; fugiu para a Suécia, onde se formou em economia e começou a fazer o doutorado, interrompido em 1978 com a Anistia, que o fez retornar ao Brasil. “O Brasil nunca esteve bem. Então, uma pessoa inquieta como eu, preocupada com a comunidade, achava que tinha alguma coisa errada. Se o Brasil fosse um país bem-sucedido como os Estados Unidos, eu acho que o marxismo jamais iria me seduzir”, disse Josino em entrevista ao Podcast. E foi justamente a volta ao país, e mais especificamente a sua experiência como empreendedor e o choque de realidade com o ambiente de negócios no Brasil que o fizeram romper o compromisso com o marxismo, a se transformar num aguerrido defensor do livre mercado e a escrever, em 2001, o livro com uma crítica severa contra a Justiça do Trabalho. Neste Podcast, Josino conta a sua trajetória política, explica por que a Justiça do trabalho é uma das cinco grandes tragédias nacionais (as demais são carga tributaria, taxa de juros, Petrobras e a burocracia) e de que forma a sua atuação destrói o capital social do país e atrapalha o desenvolvimento da iniciativa privada no Brasil. Indagado se, com base em sua formação marxista, ele verifica uma estrutura ideológica a partir do posicionamento dos juízes trabalhistas, Josino não tem dúvida ao afirmar que sim. “No fundo, ali está a base do marxismo. (...) Às vezes quando eu leio algum juiz trabalhista ou coisa que o valha, vejo que ele usa uma linguagem marxista. É impressionante. Ele é traído pela linguagem, sabe?”. Também perguntei se ele via alguma possibilidade de reforma para resolver os problemas da Justiça do Trabalho apresentados no livro. Josino foi taxativo: a Justiça do Trabalho deveria ser extinta.

 96º Podcast Mises Brasil - Bene Barbosa | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

A liberdade e o direito de comprar e portar armas de fogo é um dos assuntos mais controvertidos no Brasil, onde o governo já tentou, mediante referendo realizado em 2005, proibir o comércio de armas de fogo e munição. A derrota foi acachapante: 63,94% dos que votaram disseram não à proibição. Apesar da mensagem clara dada na consulta popular, o tema volta e meia volta à pauta de discussão pública quando ocorre alguma tragédia, como a ocorrida numa escola municipal carioca em 2011, e há tentativas políticas de aumento da restrição ou da completa proibição da venda. As justificativas para tirar a liberdade do cidadão de adquirir uma arma de fogo vão desde tragédias como a de Realengo ao aumento do número de mortes no país provocadas por tiros, mesmo que não haja provas que demonstrem uma relação de causa e efeito. Para falar sobre o assunto e derrubar alguns mitos ideológicos sobre o tema, o Podcast do Instituto Mises Brasil entrevistou o especialista na área de segurança e presidente do Movimento Viva Brasil, Bene Barbosa, que não tem dúvidas ao afirmar que nos últimos 20 anos se estabeleceu uma meta (política) de demonizar a arma de fogo com o claro de intuito de retirar esse direito do cidadão. “O que o governo está propondo com o desarmamento é uma restrição ao cidadão, a retirada da liberdade do cidadão de ter uma arma de fogo. E isso tem uma simbologia muito forte porque quando o governo diz ‘olha, fulano, você tem que entregar a sua arma, você tem que se desarmar’, o que ele está dizendo é o seguinte: ‘você tem que se render’. Com esse gesto, você tem que mostrar que confia a sua vida, a vida da sua família, a sua propriedade, nas mãos do estado, e isso é perigoso, uma vez que a gente sabe muito bem que o estado não é onipresente, e não pode e não deve ser onipresente. Sendo assim, o cidadão deve continuar tendo essa opção de segurança, de defesa”, sugeriu. Professor e consultor de empresas, Bene contou nesta entrevista por qual razão o Movimento Viva Brasil decidiu assumir a bandeira de defesa do direito do cidadão de comprar e portar armas de fogo, por que esse direito é importante para a sociedade brasileira e por que governos com a mesma orientação ideológica tentam restringir ou proibir a venda de armas de fogo no país. Ele também abordou o mito referente à relação entre quantidade de armas legais e o aumento do número de mortes como usualmente se faz de forma equivocada, considerando os dados disponíveis. “O Brasil é um dos países mais desarmados do mundo. Nós temos pouquíssimas armas nas mãos da população na comparação com outros países, como nos Estados Unidos. Se a simples relação entre armas e violência fosse verdadeira, a Suíça seria o Brasil e o Brasil seria a Suíça”.

 95º Podcast Mises Brasil - Danilo Gentili | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

ENTREVISTA 95 – DANILO GENTILI - “Hoje em dia está muito fácil reconhecer quem está contra você. Ele sempre aparece a favor do governo”. - “Se o governo disse que é verdade é porque é mentira”. - “Tudo que vem do estado é uma merda! De funcionários à estrutura! Por isso sou antiestado”. Se você não leu as seguintes frases publicadas recentemente no Twitter, dificilmente identificaria como seu autor o comediante Danilo Gentili, que tem cada vez mais elevado o tom das críticas ao governo e ao estado nas redes sociais e no seu programa Agora é Tarde, na TV Bandeirantes. Para saber qual a origem e o fundamento dessa posição política, o Podcast do Mises Brasil entrevistou o comediante, que, para nossa surpresa, é ouvinte deste programa: “Meu pai era o que chamariam de proletário e eu cresci num cortiço em Santo André (São Paulo). E eu posso afirmar que naquele quintal, daquele cortiço, onde as pessoas eram pobres, todas odiavam a intervenção do estado, todas odiavam pagar imposto e [...] todos odiavam os sindicalistas, que nada mais são do que máfias. Desde sempre, eu coleciono uma série de insatisfação e até mesmo nojo do estado”. Formado em Comunicação Social (Publicidade), comediante, roteirista, escritor e empreendedor (é dono do Comedians Club), Gentili começa esse podcast relatando como políticos do PT, ao perceberem o êxito de um empreendimento social (um orfanato) que vinha sendo realizado por sua mãe, decidiram confiscar e estatizar o estabelecimento, inventando várias calúnias contra sua mãe na Justiça. Três meses após o confisco tudo já estava às traças, deixando claro que a “preocupação social” nunca foi o real interesse dessa gente. Gentili também opinou sobre a razão pela qual as ideias socialistas continuam a seduzir tantos jovens, fez uma crítica sobre a ausência de uma ação e um discurso cultural por parte dos liberais e diz que falta apoio aos defensores das liberdades que estão na linha de tiro: “O estado tem vencido no campo cultural e no campo do ensino. Acho que os liberais precisam ver quem são os ícones culturais ou que têm potencial cultural para influenciar as pessoas, além dos professores que estão na resistência contra a lavagem cerebral, e apoiá-los. Sinto que às vezes falta, daqueles que zelam pela liberdade, zelar pela liberdade daquele que está em cima do palanque falando sobre liberdade, porque o outro lado (os inimigos da liberdade) faz isso muito bem quando aparece no debate um ícone cultural que os representa”. Perguntado se já foi de esquerda ou simpatizante do socialismo em sua juventude, Gentili é direto: “Talvez por ter sido pobre e não ter estudado na USP, nunca fui socialista.” E conclui: “Graças a Deus tive de adquirir uma opinião própria a respeito das coisas. Quem não é doutrinado em universidade, e é capaz de ler e chegar às próprias conclusões, percebe como o estado e a intervenção estatal são uma desgraça na vida das pessoas”. Gentili ainda fala sobre a importância da família e dos amigos na formação do indivíduo, a influência marxista no meio universitário, a ditadura do politicamente correto na sociedade atual, o humor contra políticos e vários outros assuntos. Ao ser perguntado se temia perder o programa de TV por causa das críticas que têm feito: “A minha briga não é para manter emprego; a minha briga é para viver num país livre”.

 94º Podcast Mises Brasil - Cibele Bastos | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Formada em Economia e pós-graduada em gestão pública, Cibele Bastos é uma das grandes responsáveis pela difusão das ideias da liberdade na região Nordeste. Em Fortaleza, primeiro como estudante e atualmente como coordenadora regional do Estudantes pela Liberdade e vice-diretora de projetos do Instituto Liberal do Nordeste (ILin), Cibele participa ativamente da construção de um ambiente mais favorável para todos aqueles que, como ela, acreditam no poder das ideias para a defesa das liberdades individuais, do livre mercado, da prosperidade e contra as diversas intervenções do governo brasileiro na sociedade. Nesta entrevista ao Podcast do Instituto Mises Brasil, apoiador do EPL, Cibele conta o que mudou nos últimos anos, e quais as razões dessa mudança, no panorama liberal de Fortaleza, onde há hoje um grupo ativo de liberais e um cada vez maior e diversificado número de jovens interessados nas ideias da liberdade. “Mudou muita coisa. Quando eu estava na faculdade, me sentia sozinha e com ideias que eu queria conhecer um pouco mais e queria compartilhar e não podia. Depois conheci outros colegas, como o Raduán, o Jeová e o Bruno, e ficou um pouco mais fácil. E aí nos juntamos e formamos o Grupo de Estudos Dragão do Mar, que hoje integra a rede Estudantes pela Liberdade. Hoje você conhece pessoas que conhecem as ideias e que não se sentem mais sozinhas. O panorama mudou muito de 2008 para cá. É outro o cenário”. Cibele também falou sobre os projetos do EPL na região Nordeste, a reação do trabalho do grupo nas universidades, o apoio de professores e de instituições de ensino para realização dos eventos, o interesse da imprensa da região, o perfil dos jovens que têm se envolvido ou participado dos eventos do EPL e do ILin e de quando leu o primeiro livro Austríaco: O Caminho da Servidão, de F. A. Hayek.

 93º Podcast Mises Brasil - Pedro Henrique Coutinho | File Type: audio/mpeg | Duration: Unknown

Uma das muitas virtudes da Escola Austríaca é a celebração teórica do papel do empreendedor numa sociedade. No Brasil, onde a iniciativa privada é atacada pelo governo e o empresário está longe de ter uma boa reputação, o trabalho de formação de jovens empreendedores alicerçado nas ideias da liberdade é fundamental para ajudar a modificar gradualmente um ambiente tão adverso. Fundado em 2010 e adotando como modelo o Instituto de Estudos Empresariais (IEE) de Porto Alegre (RS), que também influenciou a criação do Instituto de Formação de Líderes de São Paulo e de Belo Horizonte, o Instituto Líderes do Amanhã é a face capixaba desse movimento de empresários que não têm vergonha nem medo de defender o capitalismo e o livre mercado. Nesse sentido, o trabalho de difusão das ideias da liberdade realizado por institutos como o Mises Brasil é de suma importância para a formação desses jovens empreendedores. Além disso, o IMB colabora de forma direta e indireta com o trabalho dessas quatro instituições. Com estudos e debates alicerçados nos principais livros e autores do pensamento liberal e da Escola Austríaca, como Mises, Hayek, Bastiat, o Instituto Líderes do Amanhã também decidiu, a exemplo do IEE e do IFL de São Paulo e de Belo Horizonte, realizar o seu próprio evento com a finalidade de inserir na pauta de discussão pública no Espírito Santo temas caros aos associados, como o empreendedorismo e a livre iniciativa. O 1º Fórum Liberdade e Democracia de Vitória (ES) será realizado na próxima segunda-feira, dia 14 de outubro, e o Instituto Mises Brasil estará lá representado no painel que trata justamente da função do empreendedor e a importância da liberdade de agir. Para falar sobre o Instituto Líderes do Amanhã e o Fórum, o Podcast entrevistou o presidente Pedro Henrique Coutinho, empresário com graduação e mestrado em Ciência da Computação. Pedro explicou qual será a abordagem do tema do evento (“Brasil: país do futuro, até quando?”), considerando a formação dos membros do Instituto baseada nas ideias da liberdade, e qual é o objetivo com a realização do Fórum. Ele também explicou como e por quê se decidiu criar no Espírito Santo um grupo de formação de jovens empresários a partir do estudo de autores liberais e Austríacos, como é o processo de formação dos associados, as atividades desenvolvidas e quais livros foram lidos e debatidos.

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