Mises Brasil

O humorista e apresentador Danilo Gentili está, mais uma vez, sob os holofotes e o Podcast do Instituto Mises Brasil foi novamente entrevistá-lo. Além do programa diário The Noite, no SBT, estreou no canal FOX a nova série Politicamente Incorreto sobre um deputado federal tolo e corrupto, que se movimenta de acordo com a conveniência política e ganhos financeiros. A série bateu todos os recordes de audiência do canal no Brasil. Danilo também foi notícia pela entrevista que fez em seu programa The Noite com a candidata Luciana Genro (Partido Socialismo e Liberdade-PSOL, um oxímoro), aquela que reclamou num debate que ninguém lhe fazia pergunta. O humorista fez. E fez várias. Uma das quais sobre as infames consequências das experiências socialistas/comunistas no século XX. Luciana fez o que todo socialista/comunista faz quando é questionado sobre o assunto: atacou o capitalismo, disse que o que aconteceu no mundo não foi socialismo e mandou o apresentador estudar, algo que parece que ela mesma não fez. A participação da candidata no programa estimulou a reação de milhares de pessoas nas redes sociais, incluindo um vídeofeito pelo Instituto Liberal do Centro Oeste (ILCO), presidido pelo Fábio Gomes Filho, com alunos e ex-alunos da UnB. O cantor Roger ainda insistiu sobre o fracasso do socialismo/comunismo e lembrou as milhões de mortes provocadas em nome da ideologia. A candidata, novamente, tirou o socialismo da reta e voltou a acusar o capitalismo pelas guerras, fome e desemprego. Stalin, Lenin, Mao, Pol Pot e Hitler, todos eles socialistas e críticos contumazes do capitalismo, certamente curtiriam o comentário. Foi criado, inclusive, um meme em que a mesma pergunta sobre as mortes é feita pelo humorista à Luciana e à Hitler, e ambos dão a mesma resposta e mandam Danilo estudar. A candidata do PSOL ameaçou processá-lo, muito embora o humorista não tenha criado a imagem, apenas a compartilhou. Neste Podcast, tratamos desses assuntos e do novo livro que o Danilo publicará em 2015, o Guia Politicamente Incorreto do Humor pela editora LEYA. *** Todos os Podcasts podem ser baixados e ouvidos pelo site, pela iTunes Store e pelo YouTube. E se você gostou deste e/ou dos podcasts anteriores, visite o nosso espaço na iTunes Store, faça a avaliação e deixe um comentário.

Quem ouve regularmente este Podcast do IMB tem acompanhado o crescimento e o interesse cada vez maior de alunos e professores no Brasil pela da Escola Austríaca. Têm sido regulares as atividades dos grupos de estudos e a atividade docente alicerçada na teoria Austríaca. Um dos bons exemplos acadêmicos de apresentação didática do pensamento Austríaco vem do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Goiás. Lá, o professor de economia Adriano Paranaíba apresenta aos seus alunos a Escola Austríaca como parte do currículo no qual figuram as demais escolas do pensamento econômico. Em entrevista a este Podcast, Adriano conta que a receptividade dos alunos tem sido muito boa pela maniera compreensível com os autores Austríacos explicam a economia. “Os livros didáticos de economia não são claros nem têm explicações convincentes de de por que algumas crises insistem em acontecer. A Escola Austríaca é a melhor ferramenta para explicar uma série de problemas econômicos”. Adriano falou nesta entrevista sobre os seus estudos acerca da incapacidade do estado de gerar desenvolvimento econômico via incentivos fiscais. O professor também explicou os pontos principais da sua pesquisa para o doutorado sobre modelo de financiamento privado para resolver os problemas de mobilidade urbana no Brasil. *** Todos os Podcasts podem ser baixados e ouvidos pelo site, pela iTunes Store e pelo YouTube. E se você gostou deste e/ou dos podcasts anteriores, visite o nosso espaço na iTunes Store, faça a avaliação e deixe um comentário.

Certamente o leitor do site do IMB e ouvinte deste Podcast já deve ter se deparado nos últimos meses com a frase “Menos Marx, Mais Mises”. Convertida em palavra de ordem nas redes sociais, a imagem em preto e branco com a afirmação tornou-se um viral no Facebook e no Twitter e extrapolou as nossas fronteiras ao ser traduzida para o inglês e para outros idiomas. Mas qual a história por trás da frase e da criação da imagem? Para contar como tudo aconteceu, o Podcast do IMB entrevistou Lucas Nutels, cofundador do grupo Não Quebre a Janela, de Maceió, e membro do Instituto Liberal do Nordeste. Lucas foi o criador da imagem produzida a partir de uma foto em que aparecia a frase pichada num muro. O autor ainda não foi identificado. “Já vi tradução em mais de dez idiomas. Agora vou fazer em diversas línguas e colar em blog”, disse Lucas. Também participou deste Podcast o Caio Sant, membro do grupo Liberalismo Conservador de Niterói. Ele e alguns colegas juntaram dinheiro e mandaram imprimir adesivos com a frase que foram colados por cima de pichações com mensagens comunistas e socialistas em alguns locais da Universidade Federal Fluminense (UFF), de Niterói. Os estudantes de esquerda da UFF parecem não ter gostado muito do adesivaço misesiano. A batalha intelectual continua: “Menos Marx, Mais Mises”. *** Todos os Podcasts podem ser baixados e ouvidos pelo site, pela iTunes Store e pelo YouTube. E se você gostou deste e/ou dos podcasts anteriores, visite o nosso espaço na iTunes Store, faça a avaliação e deixe um comentário.

O Podcast de hoje é dedicado às ideias do ex-deputado e médico americano Ron Paul, que será palestrante daConferência de Escola Austríaca 2014 programada para os próximos fim de semana, dias 6 e 7 de setembro na Fecomércio. Autor de livros como Mises e a Escola Austríaca: uma visão pessoal, Definindo a Liberdade e O Fim do Fed – por que acabar com o Banco Central, Ron Paul dedicou a sua vida política à defesa das ideias da liberdade, dentro e fora do Congresso americano. Para tratar de algumas ideias de Ron Paul, o Podcast conversou com o editor do site do IMB e tradutor Leandro Roque e com a médica Tatiana Gabbi, coautora da tradução do livro Definindo a Liberdade. Eles contaram como foram persuadidos pelo trabalho de Ron Paul e opinaram a respeito de como um deputado conseguiu ser tão admirado pelos libertários brasileiros que, a exemplo dos americanos, querem distância dos políticos. A conversa também abordou as grandes contribuições de Ron Paul para a causa da liberdade nos EUA e no Brasil, o conceito de liberdade, o que fazer para manter o governo fora de nossas vidas, a existência do banco central e o monopólio da emissão de moeda, assistência médica estatal. *** Todos os Podcasts podem ser baixados e ouvidos pelo site, pela iTunes Store e pelo YouTube. E se você gostou deste e/ou dos podcasts anteriores, visite o nosso espaço na iTunes Store, faça a avaliação e deixe um comentário.

Desde 2003 a diplomacia brasileira, antes conhecida pela sua postura sóbria e atuação silenciosa, passou a figurar no noticiário e a ser pauta de conversas, mas não pelo lado positivo, mas pelo estardalhaço que passou a provocar. O governo do PT passou usar a política externa do país como instrumento de atuação ideológica do partido, principalmente na América Latina, sob orientação do então assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. Sob a presidência Dilma, em julho, o Itamaraty divulgou nota em que condenava o uso desproporcional da força pelo governo Israel contra os terroristas do Hamas e recebeu de volta uma simpática declaração do porta-voz da chancelaria isralense, Yigal Palmor, de que o comportamento do governo brasileiro mostrava “a razão por que esse gigante econômico e cultural permanece politicamente irrelevante”. O que aconteceu no âmbito da política externa brasileira? O Itamaraty mudou? Estas e outras questões são abordadas no ótimo livro Nunca Antes na Diplomacia - A Política Externa Brasileira em Tempos Não Convencionais, do diplomata Paulo Roberto de Almeida. Em entrevista ao Podcast do IMB, Paulo falou sobre os temas principais do seu livro e se em algum momento histórico a diplomacia brasileira agiu num sentido mais liberal. O diplomata também contou como deixou de ser marxista, que se exilou durante a ditadura, para se tornar um liberal e explicou como as ideias liberais poderiam ajudar a diplomacia brasileira. Paulo também analisou a influência negativa do lulo-petismo nas relações internacionais do Brasil e de que forma essa orientação política poderá modificar a forma de agir e de pensar da diplomacia brasileira. *** Todos os Podcasts podem ser baixados e ouvidos pelo site, pela iTunes Store e pelo YouTube. E se você gostou deste e/ou dos podcasts anteriores, visite o nosso espaço na iTunes Store, faça a avaliação e deixe um comentário.

Mestre e doutor em Direito pela Universidade da Califórnia (Berkeley) e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, Bruno Salama, lançou na semana passada o ótimo livro O Fim da Responsabilidade Limitada no Brasil. A obra interessará ao estudioso da Escola Austríaca, especialmente aqueles que a estudam sob a perspectiva jurídica, por duas razões: 1) por certa abordagem hayekiana a partir da análise dos incentivos e 2) por mostrar de que forma a intervenção estatal foi minando o instituto da responsabilidade limitada para favorecer o governo, principalmente com o aumento da arrecadação tributária e redução da evasão fiscal. Em entrevista ao Podcast do IMB, Bruno afirmou que “Hayek é um autor fundamental” e explicou de que maneira a sua leitura da obra do autor Austríaco contribuiu com o seu próprio trabalho. “Da leitura do Hayek para o meu livro fica uma mensagem muito importante que é a seguinte: os riscos da tecnocracia. Muito do meu livro é uma discussão sobre os prós e contras da responsabilidade limitada a partir de incentivos. Estabelecer a responsabilidade limitada é uma boa ideia porque é um incentivo ao empreendedorismo, mas também é uma ideia arriscada, tem contras, porque uma empresa de responsabilidade limitada pode ser usada e é muito usada como escudo para fraudes. O que o Hayek me mostra é que eu não consigo fazer a análise inteira só a partir de incentivos”. Professor Honorário da Universidade de San Martin de Porres em Lima (Peru) e único autor a ter por duas vezes trabalhos selecionados para o Harvard Stanford International Junior Faculty Forum, Bruno explicou por que a responsabilidade limitada é importante para uma economia de mercado, por qual razão o governo Vargas iniciou o processo de destruição desse instituto jurídico e quais as consequências jurídicas e econômicas de seu enfraquecimento. “Eu faço no livro uma defesa qualificada da recuperação da responsabilidade limitada no Brasil porque também é uma defesa da livre iniciativa. Me parece que faz sentido a recuperação desse instituto como incentivo ao investimento e em favor de uma sociedade que privilegia ou que valoriza a livre iniciativa. Porque nós não podemos e não queremos viver numa sociedade em que para se fazer qualquer coisa seja preciso um favor do governo”, disse Bruno, que utilizou na bibliografia do seu livro a edição publicada pelo IMB de O Caminhão da Servidão, de Hayek. *** Todos os Podcasts podem ser baixados e ouvidos pelo site, pela iTunes Store e pelo YouTube. E se você gostou deste e/ou dos podcasts anteriores, visite o nosso espaço na iTunes Store, faça a avaliação e deixe um comentário.

Doutor em economia e diretor acadêmico da Funcación Bases, o argentino Guillermo Luis Covernton é um dos principais nomes da Escola Austríaca da América Latina. Guillermo é a terceira geração de intelectuais responsáveis por criar e desenvolver na Argentina um pólo acadêmico voltado ao estudo da teoria Austríaca, mais precisamente na Pontificia Universidad Católica Argentina e na Escuela Superior de Economía y Administración de Empresas (ESEADE). Nesta entrevista ao Podcast do IMB, Guillermo falou sobre a história da Escola Austríaca em seu país e seus precursores (foi lá que Ludwig von Mises proferiu as palestras depois reunidas no clássico As Seis Lições), e sobre a recepção e o desenvolvimento do pensamento Austríaco na Católica e na ESEADE, duas boas opções para o estudante brasileiro que deseja estudar com professores vinculados à teoria Austríaca num país próximo e barato de morar. A entrevista também abordou o V Congresso Internacional com o tema? “A Escola Austríaca no Século XXI”, que será realizado em Rosario, na Argentina, nos dias 17, 18 e 19 de novembro. O evento terá palestras de Calvin Hayes (Brock University, do Canadá), Benjamin Powell (Texas Tech University, dos EUA), Pedro Schwartz (Universidad San Pablo CEU, da Espanha), Mark Skousen (Chapman University, dos EUA) e Gabriel Zanotti (Universidad Austral / ESEADE, da Argentina). Também faz parte da programação a apresentação de trabalhos acadêmicos. Outro ponto tratado neste podcast foi a reação dos economistas filiados a outras correntes do pensamento econômico em relação à Escola Austríaca. Quando não ignoram completamente o assunto, rejeitam sem sequer terem estudado adequadamente a teoria. Uma das bobagens mais comuns repetidas é a suposta repulsa dos Austríacos ao uso de dados empíricos e da matemática. Guillermo, que é professor de macroeconomía, finanças públicas, economia política e microeconomia da Universidad Católica em Rosario, explicou qual é o fundamento dessa crítica e a verdadeira posição dos estudiosos da EA em relação ao uso de modelos matemáticos. *** Todos os Podcasts podem ser baixados e ouvidos pelo site, pela iTunes Store e pelo YouTube. E se você gostou deste e/ou dos podcasts anteriores, visite o nosso espaço na iTunes Store, faça a avaliação e deixe um comentário. *** A música da vinheta de abertura é a “Alla Turca”, conhecida como a “Marcha Turca”, o terceiro movimento da Sonata para Piano No. 11 em lá maior, do compositor Wolfgang Amadeus Mozart, aqui tocada pelo guitarrista Yngwie Malmsteen.

131º Podcast Mises Brasil - Alex Catharino, Helio Beltrão e Ubiratan Iorio

Este tem sido um ano de boas notícias para o liberalismo no Brasil e o Podcast do Instituto Mises Brasil vem apresentando e explicando, muitas vezes em primeira mão, o que vem acontecendo no movimento das ideias da liberdade. Uma grata novidade foi a criação do Instituto Liberal de São Paulo. Sem ter qualquer ligação, a não ser o nome, com o extinto IL-SP que funcionou na década de 1980 na capital paulistana, e que sucumbiu por erros estratégicos fatais e aplicação inadequada de recursos, o novo Instituto Liberal nasce com novo fôlego e uma estratégia muito bem delineada, e já com a experiência dos erros cometidos no passado. Para conhecer os objetivos e projetos do instituto, o Podcast do IMB entrevistou o presidente do Instituto Liberal de São Paulo, Marcelo Faria. Ao contrário de outras organização liberais/libertárias que nasceram a partir de grupos de estudos, o novo IL-SP nasceu do ativismo nas ruas e da experiência de seus criadores com a página Povo Brasileiro, que, além do Marcelo, incluem o Renan Santos e o Alexandre Gonçalves. No IL-SP, ambos são responsáveis, respectivamente, pela parte institucional e pela produção audiovisual. “A gente atua há quase um ano. Começamos no meio das manifestações do ano passado em São Paulo. Fomos os cabeças daquela manifestação com 40 mil pessoas contra a PEC 37. Na semana seguinte, o congresso derrubou o projeto e a partir disso pensamos que devíamos continuar nessa mobilização. Começamos com a página Povo Brasileiro e no meio desse caminho vimos que tínhamos que divulgar as ideias liberais, e daí nasceu o IL-SP”, disse Marcelo. Nesta entrevista, o presidente do IL-SP explica ainda de que maneira a organização pretende desenvolver o trabalho e cumprir os seus objetivos, o que inclui desenvolver os seis pontos de ação estratégica. Todos os Podcasts podem ser baixados e ouvidos pelo site, pela iTunes Store e pelo YouTube. E se você gostou deste e/ou dos podcasts anteriores, visite o nosso espaço na iTunes Store, faça a avaliação e deixe um comentário.

A campanha eleitoral nem começou oficialmente, mas o PT já mostrou de que forma vai agir contra os “inimigos” do partido. Recentemente, aproveitou as vaias contra a presidente na cerimônia de abertura da Copa do Mundo para, mais uma vez, dividir a sociedade brasileira entre a “elite branca” que se posiciona contra o governo e as parcelas mais pobres da população, que, na cabeça dos petistas (a elite com o capital alheio), apoiam o governo. E no início desta semana o vice-presidente do PT e coordenador das redes sociais do partido, Alberto Cantalice, publicou um texto com uma lista negra que incluía Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Guilherme Fiúza, Lobão, Gentili, Marcelo Madureira, Demétrio Magnoli, qualificados como pitbulls da grande mídia e inimigos do povo. Para falar sobre o modo de atuação do PT, publicamente e nos bastidores, o Podcast do IMB entrevistou Paulo Eduardo Martins, o corajoso jornalista e comentarista da TV Massa, afiliada do SBT em Curitiba. É a segunda entrevista com Paulo (a primeira pode ser ouvida aqui), que é leitor regular do site do IMB e talvez o único jornalista da TV brasileira que usa os conhecimentos da Escola Austríaca para fundamentar seus comentários. O jornalista também falou sobre as consequências políticas da radicalização pública do PT, que faz parte de sua história política, mas que estava estrategicamente escondida dos holofotes, e sobre a percepção e a reação negativa de uma parcela significativa da população brasileira sobre o governo petista, o que tem se manifestado não só em vaias, mas nas pesquisas de avaliação da administração federal e das intenções de voto. Outro tópico da conversa foram as eleições para a presidência e para o Congresso, mais especificamente os temas relevantes para a sociedade que deveriam entrar na pauta do debate político. “A principal pauta hoje para mim é a liberdade em sentido amplo. Se há um partido no poder que tem obsessão por destruir a liberdade, seja ela qual for, é preciso fazer uma guerra de valores em defesa da liberdade”.

Cada vez mais trabalhos acadêmicos são produzidos tendo o pensamento libertário e a Escola Austríaca como tema ou instrumental teórico. Alguns deles, inclusive, foram publicados neste site do IMB e seus autores entrevistados para expor os argumentos principais e os autores escolhidos. Desta vez, o Podcast do IMB entrevistou Bernardo Santoro, Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ) e professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ, sobre a sua dissertação de mestrado “Libertarianismo: epistemologia, ética e direito”. O trabalho é uma tentativa de apresentar de forma sistematizada o pensamento filosófico-político libertário. Nesse esforço de sistematização do pensamento libertário, Bernardo trabalhou com os conceitos básicos de soberania individual, de defesa de direitos absolutos de propriedade, de liberdade de empreender, de defesa dos direitos humanos como direitos individuais e do princípio da não iniciação de agressão contra indivíduos pacíficos. Diretor do Instituto Liberal do Rio de Janeiro, Bernardo também explicou o seu critério de escolha para investigar as correntes do libertarismo no campo da epistemologia, da ética, do direito e da economia mais adequadas ao seu estudo e os elementos teóricos que as vinculam. Ele explicou ainda o que é o direito libertário e de que forma esta concepção colide com a corrente majoritária da teoria do direito nos temas investigados por ele na dissertação.

Tente imaginar o que era ser liberal no Brasil na década de 1980. Agora tente imaginar que você, após estudar anos nos Estados Unidos e, ao ter contato com os autores liberais, libertários e Austríacos, e com os nomes mais representativos do movimento intelectual pela liberdade em seminários como os da Foundation for Economic Education, decide voltar ao seu país para criar um instituto nos moldes dos que atuavam em solo americano. Depois tente imaginar que a sua escolha e ações foram fundamentais para a construção da atual cena brasileira liberal, libertária e Austríaca. Esta é parte da biografia de José Stelle, um dos indivíduos fundamentais na história das ideias da liberdade no Brasil. Stelle, radicado nos Estados Unidos desde 1985, foi tradutor e editor de opinião da revista Visão, de Henry Maksoud, cofundador do Instituto Liberal do Rio de Janeiro e coordenador da publicação de algumas das principais obras de F. Hayek no Brasil (Direito, Legislação e Liberdade, Os Fundamentos da Liberdade e O Caminho da Servidão) e de como investiu seu próprio dinheiro e foi à bancarrota para que os dois volumes finais de Direito, Legislação e Liberdade fossem publicados. Neste Podcast, Stelle explica a sua trajetória no estudo, defesa e divulgação das ideias da liberdade, os estudos e contatos nos Estados Unidos, a decisão de voltar para o Brasil, a história dos bastidores da criação do IL, os contatos com empresários, o início do funcionamento, a sua atuação e a razão de sua saída, a edição da tradução dos já citados livros de Hayek e o seu encontro com ele no Brasil. Stelle conta ainda o trabalho com Maksoud na Visão (cuja redação era formada por socialista, social-democrata, comunista e marxista e só tinha de liberais ele e o chefe), a parceria e a divergência com Donald Stewart Jr. no IL e o contato com Og Leme. Doutorando em Estudos Internacionais (com foco em Estudos Constitucionais) pela University of Buckingham e visiting scholar do Max Beloff Centre for the Study of Liberty da mesma instituição, Stelle também explicou porque decidiu voltar para os Estados Unidos. Recentemente, ele lançou o livro China Lectures, uma proposta de reforma constitucional fundamentada da demarquia de Hayek e baseado em palestras que ele proferiu numa universidade chinesa (em breve, será publicado um podcast específico sobre o livro, editado pelo Winston Ling). Esta entrevista com José Stelle é mais uma contribuição do Podcast do IMB para o registro da história do liberalismo no Brasil, a exemplo das conversas já publicadas com, por exemplo, J. O. de Meira Penna, Winston Ling, Alberto Oliva, Fernando Zanella, Ricardo Vélez-Rodríguez, Alfredo Marcolin Peringer, Leonidas Zelmanovitz, Roberto Rachewsky, Alexandre Barros e Ubiratan Jorge Iorio. É também uma forma de homenagear aqueles que, num ambiente ainda mais árido e sem as facilidades trazidas pela internet, mantiveram-se firmes e obstinados na defesa das ideias da liberdade.

Um dos sites mais bem-sucedidos do movimento liberal brasileiro atualmente é o Liberzone, que conseguiu, de maneira profissional, aliar uma abordagem criativa e cultural das ideias da liberdade. O site tem regularmente batido seus recordes de visitação com textos como As 18 Maiores Pérolas Ditas por Dilma Rousseff, Marco Civil: Impotência Jurídica, 15 dicas de que você está se tornando um liberal, e 10 razões para dizer em alto e bom som: “HASTA LA VISTA, DILMA”. E um texto publicado esta semana, depois da gravação deste podcast, tem tudo para viralizar As 18 Maiores Pérolas Ditas por Lula. Algumas razões explicam do sucesso do Liberzone, segundo disseram ao Podcast do Instituto Mises Brasil os editores Felipe Hermes, Bruno Galiza e Rodrigo Silva. A primeira é a equipe de colunistas, que inclui dois cubanos anarcocapitalistas que vivem em Cuba. A segunda é apresentar os temas sob um viés cultural, de forma contextualizada e com uma linguagem familiar ao público jovem. “A gente tem uma preocupação de contextualizar, de trazer a realidade para mais próxima do leitor jovem que não está acostumado com a discussão política, filosófica, discussões que exigem um pouco mais conteúdo, de bagagem. A gente tenta fazer isso de uma maneira de mais fácil assimilação, para que ele não fique perdido no meio de toda essa discussão”, segundo Rodrigo. Morando em três estados diferentes, Felipe (Fortaleza), Rodrigo (Santa Catarina) e Bruno (São Paulo) também falaram neste podcast que se inspiraram no modelo editorial da Reason, de que forma dividem o trabalho e sobre o plano de negócios do Liberzone. Admiradores e leitores do site do Instituto Mises Brasil, eles também têm o IMB como fonte de estudo, estímulo e apoio. “O IMB sempre apoiou o site, desde o começo e de forma irrestrita, assim como o Instituto Liberal do Nordeste. O Helio Beltrão e o Rodrigo Saraiva Marinho são os nossos padrinhos”.

As discussões e a subsequente aprovação da lei que estabeleceu o marco civil da internet colocou novamente na pauta de debate no Brasil a liberdade na rede e a tentação de controlá-la, sob os mais diversos argumentos, por grupos muito bem organizados e articulados, e com conexões políticas. E, em ano de eleição, provavelmente não demorará para que os usuários vejam (e sintam) as consequências (negativas e positivas) de sua entrada em vigor. Aproveitando o tema em evidência, será realizado amanhã e domingo (24 e 25 de maio) em Porto Alegre o 3º Seminário Language of Liberty com o tema “Liberdade na Era da Informação” (ingressos aqui). Estão agendadas palestras do presidente do Instituto Mises Brasil, Helio Beltrão, Diogo Costa, Roberto Rachewsky, Patrick Reagan, Glenn Cripe, Mart van der Leer, Juan Carlos Hidalgo e Hannes Gissurarson. Na quarta passada, dia 21, foi organizado o Language of Liberty em Pelotas e na semana que vem, dias 30 e 31, será realizado o primeiro Language of Liberty em Curitiba. Para falar sobre o evento, o Podcast do IMB entrevistou a representante do Instituto Language of Liberty no Brasil, Gabriela Bratz Lamb, que também é coordenadora local do Estudantes pela Liberdade (EPL) e integra o conselho de administração doClube Miss Rand. Gabriela explicou como se deu a escolha do tema e dos palestrantes, citou as abordagens que serão feitas acerca da liberdade na era da informação, e justificou por qual razão, para o evento, o inglês é o idioma da liberdade. Ela também contou que o Language of Liberty foi fundamental para o seu envolvimento com as ideias da liberdade, pois foi na primeira edição que foi apresentada a autores como Bastiat. *** A música da vinheta deste Podcast é Emerald Sword, do Rhapsody. Todos os arquivos podem ser baixados e ouvidos pelo site, pela iTunes Store e pelo YouTube. E se você gostou deste e/ou dos podcasts anteriores, visite o nosso espaço na iTunes Store, faça a avaliação e deixe um comentário.

Não será exagero afirmar que a II Semana da Liberdade será o maior evento liberal da região Nordeste neste primeiro semestre e o segundo no país, considerando o gigantesco Fórum da Liberdade em Porto Alegre. Em dois dias de programação (23 e 24 de maio), Fortaleza (Ceará) será a capital das ideias libertárias e Austríacas no Brasil. Para falar sobre a II Semana da Liberdade, o Podcast do IMB conversou com Rodrigo Saraiva Marinho, presidente do Instituto Liberal do Nordeste (ILIN), a instituição que organiza o evento. Rodrigo, que é advogado e professor, falou sobre a escolha dos temas, que vão da Constituição Federal à vida intelectual passando pelo homeschooling, e dos palestrantes, dentre os quais o professor Ubiratan Jorge Iorio, um dos maiores nomes da Escola Austríaca no mundo lusófono. Iorio, autor dos livrosEconomia e Liberdade - A Escola Austríaca e a Economia Brasileira e Ação, Tempo e Conhecimento: A Escola Austríaca de Economia, fará uma análise dos 20 anos do Plano Real. Rodrigo também falou sobre os objetivos do evento e do interesse de pessoas de várias partes do país em participar da programação. Ele também fez uma análise comparativa sobre o ambiente no Ceará entre a primeira e a segunda Semana da Liberdade, falou sobre as conquistas advindas com o trabalho do Grupo de Estudos Dragão do Mar e do ILIN, e comemorou os vários eventos que estão sendo realizados no país pelos diversos grupos liberais em plena atividade. Todos os Podcasts podem ser baixados e ouvidos pelo site, pela iTunes Store e pelo YouTube. E se você gostou deste e/ou dos podcasts anteriores, visite o nosso espaço na iTunes Store, faça a avaliação e deixe um comentário.